A Revolução de 1932 ajudou a criar a identidade do paulistano

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Kátia Kazedani

O presidente da Câmara Municipal, vereador José Américo (PT), e outros cidadãos que contribuem para ajudar a preservar os ideais da Revolução Constitucionalista de 1932 receberam nesta quinta-feira (4/7) a medalha do mérito Hernâni Donato.

A homenagem foi realizada durante um seminário promovido pelo CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) para resgatar a importância desse episódio histórico e também homenagear o historiador e acadêmico Hernâni Donato.  A Revolução de 32 foi fundamental para restaurarmos a democracia, destacou o presidente da Academia Paulista de História e do CIEE, Luiz Gonzaga Bertelli.

O presidente da Câmara, José Américo, sinalizou para a importância desse momento para o Brasil. Estou lisonjeado por receber essa medalha, que se estende ao Legislativo e a população de São Paulo. A Revolução Constitucionalista de 1932 é um episódio histórico importante porque ajudou a criar a identidade do povo paulistano, afirmou.

A escolha do presidente da Câmara Municipal, explicou Bertelli, para ser homenageado é por conta da importância do Legislativo em todo o processo democrático. É uma forma de mostrarmos a importância dos vereadores que hoje e no passado sempre ajudaram a preservar os ideais dessa revolução, afirmou.

A professora de história Maria Aparecida Medeiros participou do seminário e afirmou que as escolas precisam dar mais atenção a essa revolução. O assunto é muito importante, no entanto, ele é apenas citado. Alguns professores ainda aprofundam o tema e isso é necessário, principalmente porque podemos fazer um paralelo com a atual situação que o Brasil vive, com vários protestos e reivindicações à favor da democracia, disse.

REV-CONST-04072013-FRANCA-04332-72-ABRE- A Revolução

A Revolução de 1932 foi um movimento armado ocorrido entre os meses de julho e outubro no Estado de São Paulo para derrubar o Governo Provisório de Getúlio Vargas e promulgar uma nova Constituição para o Brasil. 

O movimento foi consequência da Revolução de 1930, responsável por acabar com a República Velha, também chamada de República do Café com Leite, período em que os dois Estados mais ricos da época São Paulo e Minas Gerais alternavam-se na presidência do país. No entanto, o então presidente, Washington Luís, rompeu essa aliança e indicou um paulista.

O candidato derrotado, Getúlio Vargas, com o apoio das oligarquias mineiras, articulou um golpe com os Estados do Rio Grande do Sul e da Paraíba para derrubar o presidente Washington Luis, impedir a posse de Júlio Prestes e instaurar o governo provisório no Brasil.

Assim que assumiu, Vargas ordenou o fechamento do Congresso Nacional e das casas legislativas, anulou a Constituição de 1891 e mandou depor governadores eleitos de diversos Estados para que interventores assumissem a função. As medidas adotadas desagradaram as elites paulistanas, que passaram a exigir uma nova Constituição para o país e a normatização do Legislativo.

O estopim para a Revolução Constitucionalista de 1932 aconteceu após um conflito entre oposição e apoiadores do governo Getulista, que acabou com a morte dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (MMDC), lembrados como heróis pela história. O movimento armado iniciou-se com o apoio popular e da mídia. Mais de 35 mil homens foram recrutados para tentar tirar Vargas do poder. Do lado do governo, eram 100 mil soldados da tropa federal. O confronto terminou com a derrota dos constitucionalistas.

Logo que os conflitos terminaram, o governo federal convocou uma Assembleia Constituinte e promulgou, em 1934, a nova Constituição brasileira.

 

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