Marcelo Ximenez/CMSP

Personalidades, ativistas, políticos e representantes da sociedade civil estiveram na Câmara Municipal de São Paulo nesta segunda-feira para comemorar os 10 anos de fundação da Agência Aids de Notícias, que se tornou referência em divulgação de informações de interesse público sobre a pandemia.

Criada em 2003, a agência já publicou mais de 15 mil notícias, reportagens especiais, artigos e informações, sempre com objetivo de superar o preconceito e propor discussões sobre o tema.  Conseguimos estabelecer uma relação profissional com a mídia, com pautas mais humanas, que respeitam as pessoas que vivem com a doença. Nossa intenção é aproximar todos os setores que trabalham com o HIV, disse a jornalista Roseli Tardelli, editora executiva da Agência.

Segundo Roseli, hoje as pessoas sofrem menos com a questão da morte, graças aos novos medicamentos, mas ainda enfrentam o que ela chama de morte social. Ainda existe muito preconceito, viver com Aids não é nada fácil. A jornalista disse que seu grande sonho é poder publicar nos próximos anos a manchete: Chegou a cura; acabou o preconceito.

Durante o evento, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), Ambram Szajman, foi homenageado com uma placa de prata pelo apoio que o Sesc e o Senac deram para a agência desde sua fundação.

Representando o prefeito Fernando Haddad, o secretário de Saúde José de Fillipi Junior disse que a cidade trata na rede municipal de 25 mil pessoas com HIV, e que a rede incorporou 300 novos pacientes a cada mês neste primeiro trimestre do ano. Nós sabemos, no entanto, que um dos maiores obstáculos que os pacientes enfrentam é o do preconceito. Por isso, a cidade de São Paulo é privilegiada em ter uma agência que trabalha com informações de qualidade e, principalmente, com a mudança cultural, disse. 

A sessão solene desta segunda foi proposta pelo presidente da Câmara, vereador José Américo (PT), que qualificou o combate à doença como uma missão de todos os brasileiros. O Brasil é pioneiro no combate à Aids no mundo, e São Paulo está na vanguarda. Sabemos que a principal maneira de combater essa doença é com informação e educação, e a Agência tem desempenhado um importante papel fazendo essas informações circularem na sociedade.

Em 2005, a Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (UNESCO) reconheceu o trabalho da Agência Aids de Notícias como uma das melhores práticas de comunicação local na América Latina.

Marcelo Ximenez/CMSP

(20/05/2013 – 21h26)