Anvisa libera uso emergencial de kits para diagnóstico da varíola dos macacos

CAROL FLORES
DA REDAÇÃO

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou nesta segunda-feira (29/8) o uso imediato e emergencial de 24 mil kits moleculares para diagnóstico laboratorial da varíola dos macacos – também conhecida como monkepox. Os reagentes são produzidos pelo Instituto Bio-Manguinhos/ Fiocruz e ainda estão em análise para aprovação de registro pela agência reguladora.

Atualmente, o Brasil tem oito laboratórios de referência para o diagnóstico da varíola dos macacos, por biologia molecular, mas nenhum deles está dando conta da demanda. Com a autorização de uso emergencial, o Ministério da Saúde poderá descentralizar a realização do diagnóstico da doença para a Lacen (Rede de Laboratórios Centrais de Saúde Pública) nos Estados e reduzir o tempo de liberação dos resultados aos pacientes.

Até o momento, não há nenhum teste de diagnóstico comercial para a varíola dos macacos com registro aprovado na Anvisa.

Vacina e medicamentos contra varíola dos macacos

Na última quinta (25/8), a Anvisa aprovou a liberação para uso da vacina Jynneos/Imvanex contra a varíola dos macacos e do medicamento Tecovirimat para o tratamento da doença no Brasil. A vacina da empresa Bavarian Nordic A/S é fabricada na Dinamarca e na Alemanha. Para conceder as aprovações foram analisados dados das agências europeia e norteamericana.

O imunizante é destinado a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e possui prazo de  até 60 meses de validade, quando conservado entre -60°C a -40°C. No entanto, nesse momento, o Ministério da Saúde destinará a vacina apenas para profissionais de saúde que manipulam as amostras recolhidas de paciente e pessoas que tiveram contato direto com os doentes. Isso porque não existe por parte da OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendação para vacinação em massa para a varíola dos macacos.

Também liberado de forma temporária e excepcional para uso do Ministério da Saúde, o medicamento antiviral Tecovirimat é indicado para casos graves, e voltado ao tratamento em adultos, adolescentes e crianças com peso mínimo de 13 kg.

Registro de mortes no país

Foi confirmada, no início desta semana, a segunda morte causada pela varíola dos macacos no Brasil. A vítima, um homem de 33 anos que tinha comorbidades e foi transferida para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no dia 19/8 em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro.

A primeira morte pela doença aconteceu em Minas Gerais em julho. Segundo o Ministério da Saúde, o homem de 41 anos também tinha problemas relacionados à imunidade.

Segundo a organização internacional Our World In Data, até o dia 29/8, o Brasil registrou 4.693 casos positivados da doença.

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