Artigo: Para além de combater a Covid, vamos combater o neoliberalismo

VEREADOR PROFESSOR TONINHO VESPOLI (PSOL)

Não é crise. É um projeto com nome, ideologia, pensadores e até escola. Antes de mais nada, é preciso destacar que ainda que não acontecesse a pandemia de Covid-19, a situação do povo brasileiro, paulista e paulistano não estaria melhor. O projeto neoliberal de Bolsonaro, Guedes, Doria e Covas tem por ideal sucateamento do Estado e o esfacelamento das políticas públicas vigentes.

Antes do surgimento da pandemia, o discurso dos liberais era o de entrega total dos bens públicos, Bolsonaro e Guedes, assim como Doria e Covas, traçavam planos e planos de privatização, sobre o pretexto de enxugar e tornar mais eficiente a máquina pública. No fundo, a realidade já conhecida por todos, é a de pagar os empresários patrocinadores de suas campanhas eleitorais.

Infelizmente, desde 2019, o mundo vive com uma das piores pandemias de sua história. No Brasil, a pandemia aportou em março de 2020, um ano depois, vemos uma segunda onda destruir famílias, levar milhares de vidas e arrasar a já combalida economia do país. O discurso neoliberal de Bolsonaro e seus asseclas preferiram minimizar a pandemia e tomar medidas tímidas de combate ao vírus.

Nesse sentido, vale reforçar que Bolsonaro, Doria e Covas são fruto da mesma árvore, ou em um linguajar bem mais popular são tudo farinha do mesmo saco. Bolsonaro é um genocida sem vergonha, age de forma a causar mais mortes, porém Doria e Covas, mesmo usando máscaras e não aglomerando, agem de forma covarde e melindrosa no combater a pandemia.

Doria cria nomes para as fases de restrição no estado, mas não há nada de novo sob o sol. Não criou uma renda emergencial no estado, não fechou as escolas, não socorreu micro e pequenos empresários. Covas enviou para a Câmara um projeto de renda emergencial em fevereiro. O valor é um escárnio: R$ 100. Aqui ainda vale ressaltar que o projeto foi aprovado em fevereiro e só agora, quase abril, foi pago.

Neste momento em que tudo se turva no horizonte, nós que defendemos um outro projeto de governo, um outro modelo de sociedade, não podemos deixar de dizer que tudo seria diferente se o projeto político em prática no país não fosse o liberal/neoliberal. Um modelo onde o povo e a defesa da vida de todos está no centro da administração pública não permitiria esse genocídio do povo brasileiro.

Por fim, para responder ao segundo parágrafo deste texto, destaco o papel do SUS, do Butantan, da Fiocruz e das Universidades públicas. Os serviços públicos mostraram o seu papel e a sua importância. Mostraram aos privatistas que se não há serviço público de qualidade e forte quem perde é o país e não apenas os servidores. Por isso, viva o SUS, viva os servidores e vacina já para todos.

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