Ato com diferentes religiões defende meio-ambiente

André Bueno/CMSP

Câmara Municipal promoveu ato inter-religioso para discutir a preservação da natureza

DA REDAÇÃO

“Mesmo em tempo de guerra, jamais destruir uma árvore, mesmo que ela seja do seu inimigo.” É dessa forma que Mohamed El Kadri, presidente da Associação Islâmica de São Paulo, define o cuidado com o meio-ambiente entre os muçulmanos da capital paulista e do mundo. Na noite desta quinta-feira (18/5), o Auditório 1º de Maio, na Câmara dos Vereadores, realizou um ato com diversas vertentes religiosas para falar sobre a preservação da natureza.

El Kadri era um dos representantes e dividiu a mesa com o deputado Federal Nilto Tatto (PT), o vereador Jair Tatto (PT), que organizou o encontro, e representantes de outras crenças. “A preservação do meio-ambiente é a preservação do ser humano”, afirmou o líder islâmico.

Apesar das diferentes religiões, a conclusão dos presentes no evento era a mesma: se uma das missões da fé é preservar a vida, o meio-ambiente não pode ser deixado de lado. A ideia do ato inter-religioso surgiu da Campanha da Fraternidade deste ano da Igreja Católica. O tema são os biomas brasileiros e a defesa da vida, tendo como slogan a citação bíblica “cultivar e guardar a criação”.

Para o monge Ryozan, da Comunidade Zen Budista, os humanos são “complemente interconectados”. “É tão profundo, tão patente ao universo, que a partir de um determinado momento começamos a ver a natureza como parte de nós mesmos”, disse.

Elias Cerqueira é sacerdote Akinyale e membro do Fórum Inter-religioso da Secretaria de Estado da Justiça. Seguidor do Candomblé, ele diz que uma das preocupações da sua vertente religiosa é o reflorestamento. “Temos esse cuidado junto à comunidade porque é da natureza que retiramos as ervas para nossos remédios naturais e banhos.”

O vereador Jair Tatto destacou as ações feitas pelas religiões instaladas em São Paulo. “São instrumentos importantes para que a gente cada vez mais crie conscientização.” Ele lembrou projetos religiosos feitos em Parelheiros, na zona sul da capital. “Temos lá várias denominações religiosas que fazem um trabalho muito bom com aldeias indígenas.” Ele lembra que o bairro tem duas APAs (Áreas de Proteção Ambiental): a Capivari-Monos e a Bororé-Colônia.

O irmão dele e deputado federal Nilto Tatto criticou a forma de desenvolvimento das cidades. “Foi destruindo florestas, concentrou muita riqueza nas mãos de poucos, expulsou muita gente do campo para as periferias da cidade, diminuindo a qualidade de vida.”

Ao final do evento que plantou a conscientização ambiental na vida dos presentes, os participantes ganharam mudas de plantas para cultivar a preocupação com a terra também em suas casas.

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