Audiência debate caso de menores agredidos na Fundação Casa

Sonia Mele / CMSP
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Os dois agressores que apareceram na reportagem exibida em 18/8 no Fantástico, da TV Globo, espancando menores de idade nas dependências da Fundação Casa, obtiveram licença médica pelo INSS. Já os outros três que também foram denunciados estão trabalhando em funções administrativas na unidade da Vila Maria. É o que afirmou o vice-presidente da instituição, Antonio Cláudio Pitério, durante a audiência pública promovida pela Comissão Extraordinária Permanente de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania e Relações internacionais.

Ocorrida no Auditório Prestes Maia na Câmara Municipal, o evento contou com a presença de mães de menores infratores, grupos que lutam em favor dos diretos das crianças e adolescentes e do advogado dos funcionários da Fundação Casa. Logo no início, a reportagem do Fantástico foi exibida para a plateia e em seguida a vereadora Juliana Cardoso (PT) passou a palavra para manifestação dos presentes.

Pitério foi categórico e repudiou o acontecido nas unidades da Vila Maria e Vila Leopoldina e ressaltou que no dia 20/8 foi instaurado um processo administrativo contra os cinco funcionários. Todos apresentaram a sua defesa por meio de advogados. Paralelamente há uma sindicância administrativa em curso para ver se teve mais funcionários que participaram das agressões. Além disso, os adolescentes agredidos foram realocados para outras unidades da Fundação Casa.

Amanda Lúcia era uma das mães presentes e relatou que a violência nas dependências da Fundação Casa não ocorre somente nas unidades denunciadas pela reportagem da TV Globo, mas em várias unidades da instituição. Meu filho de 17 anos foi espancado durante a madrugada enquanto dormia na unidade da Raposo Tavares. Ele foi para o IML, foi comprovada a agressão, mas não aconteceu nada com os agressores. Agora querem transferir o meu menino de unidade. Quem tem que ser punido não é ele, reclamou.

Presente na audiência, a coordenadora da Pastoral do Menor, Sueli Camargo, condenou o atos de violência. “Infelizmente o que tem ocorrido na Fundação Casa faz com que o adolescente volte para a rua pior do que entrou”, disse Sueli Camargo, coordenadora da Pastoral do Menor.

De acordo com Pitério, essas situações devem ser muito bem analisadas e tomadas as medidas necessárias, mas não se pode perder de vista as grandes conquistas sócio-educacionais que a Fundação Casa conseguiu nos últimos anos. (Rafael Carneiro Cunha)

(12/09/2013 – 16h57)

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