Audiência discute condições de trabalho de GCMs na cracolândia

MARCELO MIURA
DA TV CÂMARA

A audiência pública da Comissão de Saúde da Câmara Municipal desta quarta-feira discutiu as condições de saúde e exposição a possíveis doenças contagiosas na atuação da GCM (Guarda Civil Metropolitana) na cracolândia, região da Luz.

Os agentes reclamaram da falta de materiais de abordagem, como luvas, aventais, máscaras e botas longas, além de uma base da inspetoria na região.

“Um dos principais problemas de saúde é a questão da cracolândia. Do ponto de vista de estrutura, de equipamento, de disponibilidade de banheiro, por exemplo, e também da falta de efetivo”, esclareceu o presidente da SindGuardas, Clóvis Pereira.

“São feitas três lavagens por dia [na cracolândia]. Nessa lavagem, se utiliza produto químico e um caminhão tanque para poder lavar, e dá aquela névoa que o pessoal tem respirado e tem reclamado que estão adquirindo doenças pulmonares”, esclareceu o presidente da Abraguardas, Esequiel Farias.

O estabelecimento de nexo causal, ou doenças ocupacionais contraídas na execução do trabalho, foi outra reivindicação feita pelos sindicatos da categoria.

Durante a reunião, o secretário municipal de Segurança Pública, Benedito Mariano, prometeu infraestrutura e suporte à GCM.

“Os membros da inspetoria terão acompanhamento psicológico, acompanhamento da área de saúde, sabemos da especificidade de trabalhar numa cena de uso grande, como é o fluxo lá no território da Luz, e a nossa expectativa é que qualificar a presença da guarda lá”, disse Mariano.

O vereador GCM Joselito (PCdoB), que solicitou a audiência pública, lamentou a ausência de outros secretários convidados.

“Não adianta um secretário ficar jogando para o outro, e o outro não comparecer. Precisamos que isso seja sanado, porque a situação atual é insustentável. Ver a Guarda acabando, o efetivo adoecendo, ficando velho, e realmente não ter providências para isso”, disse Joselito, integrante da Comissão de Saúde.

Na pauta da reunião ordinária, quatro Projetos de Lei foram apreciados pela Comissão de Saúde, com destaque para a política de educação alimentar escolar e combate à obesidade infantil.

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