Câmara Municipal recebe exposição sobre Revolução de 1932

A Câmara Municipal de São Paulo recebe de 3 a 18 de dezembro a exposição “1932 O Ano da Revolução Paulista”. O evento, gratuito, será aberto ao público das 9h às 19h.

No hall da Câmara Municipal estarão expostas 22 imagens sobre a Revolução Constitucionalista de 1932, um dos maiores movimentos armados do Brasil. “Escolhemos o Palácio Anchieta para receber a exposição porque é um espaço democrático e por onde passam milhares de pessoas diariamente, explicou Ângela Aranha Coelho, gerente de desenvolvimento institucional da Fundação Energia e Saneamento, organizadora da mostra. “É importante que as pessoas saibam o que foi essa Revolução e de que forma ela contribuiu para o nosso país”, acrescentou.

A Revolução de 1932 foi um movimento armado ocorrido entre os meses de julho e outubro no Estado de São Paulo para derrubar o Governo Provisório de Getúlio Vargas e promulgar uma nova Constituição para o Brasil.

O movimento foi consequência da Revolução de 1930, responsável por acabar com a República Velha, também chamada de República do Café com Leite, período em que os dois Estados mais ricos da época São Paulo e Minas Gerais alternavam-se na presidência do país. No entanto, o então presidente, Washington Luís, rompeu essa aliança e indicou um paulista.

O candidato derrotado, Getúlio Vargas, com o apoio das oligarquias mineiras, articulou um golpe com os Estados do Rio Grande do Sul e da Paraíba para derrubar o presidente Washington Luis, impedir a posse de Júlio Prestes e instaurar o governo provisório no Brasil.

Assim que assumiu, Vargas ordenou o fechamento do Congresso Nacional e das casas legislativas, anulou a Constituição de 1891 e mandou depor governadores eleitos de diversos Estados para que interventores assumissem a função. As medidas adotadas desagradaram as elites paulistanas, que passaram a exigir uma nova Constituição para o país e a normatização do Legislativo.

O estopim para a Revolução Constitucionalista de 1932 aconteceu após um conflito entre oposição e apoiadores do governo Getulista, que acabou com a morte dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (MMDC), lembrados como heróis pela história. O movimento armado iniciou-se com o apoio popular e da mídia. Mais de 35 mil homens foram recrutados para tentar tirar Vargas do poder. Do lado do governo, eram 100 mil soldados da tropa federal. O confronto terminou com a derrota dos constitucionalistas.

Logo que os conflitos terminaram, o governo federal convocou uma Assembleia Constituinte e promulgou, em 1934, a nova Constituição brasileira.

(30/11/2012 – 16h36)



 

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