DA REDAÇÃO

A Câmara municipal de São Paulo participou da 2ª edição da “EndoMarcha”, Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose, realizada neste sábado (28/03).

A marcha saiu do MASP (Museu de Arte de São Paulo), na Avenida Paulista, com destino a Câmara, que neste fim de semana ficará iluminada por luzes amarelas em apoio às pessoas com Endometriose.

O evento tem apoio do vereador Marco Aurélio Cunha (PSD), autor do Projeto de Lei (PL) 89/2014, em conjunto com a vereadora Sandra Tadeu (DEM), que incluiu no calendáriooficial de eventos da cidade, a Semana de Prevenção e Conscientização dos Males Causados pela Endometriose.

Marco Aurélio Cunha lembrou que essa é uma doença com estatística relevante e que muitas vezes surge de forma silenciosa já que boa parte das mulheres não dá importância para os sintomas. “É importante lembrar que a Endometriose existe e pode levar a infertilidade”. “As autoridades também precisam reconhecer a gravidade dessa doença para oferecer condições de tratamentos”, sinalizou Marco Aurélio.

Alysson Zanatta, médico ginecologista dedicado ao tratamento da endometriose, também participou do evento. Segundo ele é importante conscientizar as mulheres sobre a doença para que seja possível fazer o diagnóstico precoce. “As mulheres devem se atentar a sintomas que por ventura são considerados normais, mas que não são como, por exemplo: cólicas fortes, dores durante as relações sexuais e alterações intestinais”. “Uma vez diagnosticada corretamente a doença, há chances para um tratamento mais efetivo”, destacou.

Caroline Salazar, capitã brasileira da Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose explicou esta é uma manifestação pacífica em massa que ocorre simultaneamente em mais de 60 países. “Estamos reivindicando tratamento igualitário pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e também mais médicos. Precisamos conscientizar a população para uma doença que atinge mais de 200 milhões de mulheres em todo o mundo”.

Sobre a Mundial pela Conscientização da Endometriose

A ação foi idealizada pelo médico americano da cidade de Palo Alto do Estado da Califórnia, o Dr. Camran Nezhat, um dos mais renomados especialistas do mundo e o precursor da videolaparoscopia, a cirurgia minimamente invasiva, e seus irmãos Dr. Ceana Nezhat e Dr. Farr Nezhat. A doença atinge mais de 200 milhões de meninas e mulheres no mundo todo e estima-se que no Brasil mais de 7 milhões são portadoras desta doença crônica.

No Brasil, além de São Paulo, Porto Alegre, Campo Grande e Londrina também participaram da manifestação.