Câmara presta homenagem aos anistiados da ditadura

RenattodSousa
RenattodSousa

Por iniciativa do vereador Alfredinho (PT), a Câmara Municipal de São Paulo realizou nesta sexta-feira (29) sessão solene em memória aos anistiados políticos que tiveram de deixar o País no período da ditadura militar (1964-85).

O evento discutiu a importância da criação da Comissão Nacional da Verdade, prevista no Projeto de Lei 7376/10, do Executivo Federal, com o objetivo de esclarecer casos de violação de direitos humanos ocorridos na ditadura.

Essa nova geração não conhece essa história terrível, a imprensa não debate mais, e é importante que eles saibam. É uma luta contínua, que culminou com um operário na presidência do Brasil, e outro, que sou eu, aqui vereador de SP, explicou o petista.

Outro vereador que prestigiou o evento foi o líder da bancada do PT na Câmara Ítalo Cardoso. Para ele, a discussão desse tema é fundamental num momento em que surge uma possibilidade concreta de abertura dos arquivos da ditadura. Temos que contar a história que ainda não foi contada e as casa legislativas têm que se manifestar pela Comissão da Verdade. Alfredinho foi muito feliz em trazer o tema para cá, especialmente com os metalúrgicos, porque nas fábricas os trabalhadores foram muito perseguidos, disse.

Estiveram presentes diversos representantes de entidades de anistiados políticos, entre elas a Associação dos Metalúrgicos Anistiados do ABC (AMAA), o Fórum Permanente de Ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo e o Grupo Tortura Nunca Mais.

Amor e Revolução
Também prestigiaram a sessão solene o diretor Reynaldo Boury e o autor Tiago Santiago, responsáveis pela novela Amor e Revolução, transmitida pelo SBT.

A novela relata a tensão social criada no Brasil após o golpe militar e narra a história de personagens diretamente envolvidos na repressão, desde militares, guerrilheiros, torturadores, artistas, jornalistas, advogados e estudantes. Os protagonistas da novela Claudio Lins e Graziela Azevedo também participaram do evento.

Alfredinho explicou que trouxe o elenco e os criadores da novela para participarem da sessão, pois, em sua opinião, o folhetim televisivo vem cumprindo o papel de trazer essa discussão a respeito da abertura dos arquivos militares. O cidadão precisa saber o que aconteceu para compreender a importância dessa abertura, disse.

(29/04/2011 21h30)

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