DA REDAÇÃO
O presidente da Câmara de São Paulo, vereador Donato (PT), recebeu nesta terça-feira (23/6) o texto do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca (PMLLLB). A proposta, aprimorada após uma série de audiências públicas regionais, prioriza a democratização do acesso, o fomento à leitura e à formação de mediadores, a valorização institucional da leitura e o desenvolvimento da economia do livro e da literatura.
Previsto no Projeto de Lei (PL) 168/2010, de autoria do presidente da Casa, o Plano está em discussão desde 2012. “O projeto contou com ampla participação da sociedade, o que permitiu a incorporação de mais conceitos e metas a curto, médio e longo prazo”, explicou Donato. “Essa proposta é estratégica para o país porque ensina o poder público a formar leitores”, acrescentou.
A coordenadora executiva do PMLLLB, Sueli Nemen Rocha, sinalizou que a principal meta é estimular os cidadãos a gostarem da leitura. “A ideia é transformar a cidade em leitora”, explicou. Para ela, as audiências públicas foram fundamentais para se ter um projeto ainda melhor. “O grande diferencial foi a inclusão da literatura”, disse.
O diretor-presidente da Bibliaspa (Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes), Paulo Daniel Farah, afirmou que a diversidade prevista no projeto é a grande contribuição para a população. “O Plano promoverá a inclusão, contemplando a literatura e permitindo a democratização do livro”, declarou.
Para o integrante da Libre (Liga Brasileira de Editoras) Haroldo Ceravolo, o Plano Municipal do Livro permitirá tornar a leitura acessível. “A leitura sempre foi algo da elite, mas isso mudou. Agora ela é popular, tanto que percebemos isso durante as audiências públicas, com a participação de representantes de diversos segmentos, engajamento das pessoas de diferentes regiões da cidade e é importante que o poder público veja o livro como prioridade”, disse.
O Plano Municipal do Livro ainda será discutido em mais uma audiência pública realizada pela Câmara. “Vamos fazer um debate no segundo semestre, com os secretários de Educação e Cultura, para depois encaminhar o projeto para votação, em agosto, no plenário. É importante que os gestores de educação e cultura tenham esse plano para orientar na tomada de decisão dessas secretarias”, afirmou.
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