CCJ autoriza Projeto que anula entreposto em Perus

Andre Bueno/CMSP

Debate foi realizado no Auditório Prestes Maia

RAFAEL ITALIANI
DA REDAÇÃO

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) votou pela legalidade do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 31/2017, de autoria do vereador Adilson Amadeu (PTB), anulando o Decreto do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) que criou condições para a construção de um novo entreposto na capital paulista. O futuro Projeto tem o objetivo de substituir a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), localizada na Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo.

A ideia do ex-prefeito era levar o futuro serviço para uma área de 4 milhões de metros quadrados, no distrito de Perus, no extremo norte da capital paulista e, consequentemente, gerar entre 20 e 30 mil empregos. Votaram favoráveis ao PDL de Amadeu os vereadores Dalton Silvano (DEM), Caio Miranda (PSB), Claudinho de Souza (PSDB), Mario Covas Neto (PSDB), Rinaldi Digilio (PRB) e a vereadora Soninha (PPS). A parlamentar Janaína Lima (NOVO), Reis (PT) e José Police Neto (PSD) foram contrários à proposta do petebista.

O Decreto de Haddad foi publicado no final de seu mandato, em dezembro de 2016. Segundo a gestão anterior, a área de Perus é estratégica, já que fica perto das rodovias dos Bandeirantes e Anhanguera, tem acesso fácil ao Rodoanel e é cortada pela Linha 7-Rubi da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Concorrendo com o Projeto do Município de São Paulo existe a proposta do governo do Estado da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) em fazer um novo entreposto na cidade de Suzano, na Região Metropolitana. A administração estadual deve fazer um chamamento público para definir o modelo.

O vereador Police Neto criticou o PDL que pode sustar o Decreto de Haddad. “A batalha tem que ser de São Paulo manter os empregos que aqui estão, em uma localidade dentro da cidade mais adequada. Tanto o Plano Diretor Estratégico quanto a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo reconheceram Perus [como região adequada]”, declarou o parlamentar, que milita pela região.

Ainda segundo ele, apenas cerca de 4% da população do bairro trabalha na região. O restante precisa viajar até duas horas para conseguir emprego.

A vereadora Soninha acha que sustar o Projeto do ex-prefeito petista pode ser positivo. “Não regride, mas retoma um ponto de debate, concorrência e disputa que já estariam superados. Muita coisa mudou desde que esse Decreto foi publicado. Outras decisões vêm sendo tomadas. Eu entendo que o decreto pode ser considerado superado e podemos reiniciar a discussão”, disse a parlamentar.

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