O baixo salário dos agentes e a falta de compartilhamento de informações entre as várias instâncias da polícia marcaram o dia de discussões na Comissão de Segurança Pública, na última quinta-feira.

De acordo com a Constituição de 88, a segurança pública é dever do Estado. Representantes da categoria acreditam que é necessário realizar um estudo criterioso sobre os principais problemas que o país vive e mudar a lei. Para o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado, atualmente, cada governador tem uma política de segurança, o que dificulta a troca de informações entre as polícias.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, George Melão, os problemas são comuns, mas resolvidos de forma diferente pelas polícias, o que dificulta a forma de lidar com a segurança pública. Nós não podemos mais admitir que um Estado entenda a segurança pública de uma forma e, outro Estado, de uma forma totalmente contrária às situações e orientações adotadas por outro. Temos que ter uma orientação única de Norte a Sul do País, afirma George Melão.

O descaso do governo do Estado com a segurança pública também foi criticado durante a Comissão. O Sindicato dos Escrivães de Polícia do Estado reclama que os policiais sofrem com os baixos salários e que precisam fazer bicos para sobreviver. Segundo o presidente do sindicato, Xavier Fernandes, a polícia foi desprezada. Os policiais honestos, hoje em dia, vivem fazendo bico. Então, se o governo do Estado quer valorizar a polícia, é preciso pagar bem a polícia, conclui.

Para o presidente da Comissão de Segurança Pública, Ari Friedenbach, integrar a Guarda Civil Metropolitana, a Polícia Militar e Polícia Civil é o primeiro passo para mudar a atual situação da segurança pública em São Paulo. Friedenbach afirma que a Guarda Civil Metropolitana é o braço policial do município, mas, que no mínimo, é preciso ampliar o trabalho da GCM e aprimorar o  relacionamento entre as polícias. A troca de informações é fundamental para que isso possa melhorar, destaca o presidente.

(24/10/2013 16h25)