Comissão de Turismo discute pautas para discussão em 2021

Afonso Braga | REDE CÂMARA

Reunião ordinária virtual da Comissão de Turismo (Comissão Extraordinária de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo, do Lazer e da Gastronomia) desta terça-feira (6/4)

A primeira reunião ordinária de 2021 da Comissão de Turismo (Comissão Extraordinária de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo, do Lazer e da Gastronomia) foi realizada nesta terça-feira (6/4) de forma virtual, e tratou do levantamento dos principais temas e desafios dos setores envolvidos para este ano. O encontro foi conduzido pelo presidente do colegiado, vereador Rodrigo Goulart (PSD), e participação do vice-presidente, vereador Sansão Pereira (REPUBLICANOS), e dos integrantes João Jorge (PSDB), Marcelo Messias (MDB) e Senival Moura (PT), além dos vereadores Antonio Donato (PT) e Luana Alves (PSOL).

Também acompanharam a reunião o presidente da SPTuris, Luiz Alvaro Salles Aguiar de Menezes, e o subprefeito de Parelheiros, Marco Antonio Furchi.

Logo na abertura, o presidente Rodrigo Goulart disse que o objetivo do encontro seria expressar os temas que todos os vereadores integrantes acreditam que devem ser discutidos pela Comissão ao longo do ano, e também ouvir representantes dos setores tratados pelo colegiado.

O próprio Goulart sugeriu a criação de uma subcomissão de estudo ou realização de seminário, para avaliação do impacto da pandemia da Covid-19 em todos os segmentos e formulação de política emergencial específica para eventos e feiras de negócios. Ainda sugeriu que seja alterado o Regimento Interno da Câmara para incluir “Eventos” na nomenclatura da Comissão.

O vereador Antonio Donato (PT) ressaltou que a situação é dramática em todos os aspectos, seja nas mortes das pessoas ou fechamento de empresas. Ele sugeriu a discussão de medidas emergenciais que estejam ao alcance da Prefeitura para o pequeno e médio empresário.

João Jorge (PSDB) também chamou atenção para a gravidade do momento, e convocou a Câmara, através da Comissão, a dar a sua colaboração. Ele disse ver uma saída para a pandemia com a vacinação e com os cuidados sendo tomados. “Enxergo um segundo semestre melhor, e que a partir disso, as autoridades, e isso inclui esta Casa, também já possam fazer algo nesse sentido”, defendeu.

A vereadora Luana Alves (PSOL) reafirmou o compromisso do seu mandato com a população de São Paulo que está sofrendo, e elogiou o setor de bares e restaurantes dizendo que teve acesso aos dados de um levantamento feito pelo segmento sobre o crescimento da população de rua, e pessoas que ficaram sem emprego no setor. Ela também enalteceu que os empresários do ramo contribuíram bastante nas campanhas contra a fome.

Abrindo a participação dos segmentos representados, Georges Schnyder, do Movimento Gastronomia Viva, lamentou as mortes de pessoas do setor, e chamou a pandemia de uma guerra com recursos escassos. “Nós estamos lutando para que esse setor sobreviva, porque nós estamos morrendo”. Ele revelou o dado coletado pelas entidades do ramo, de aumento de 30% no número de pessoas em situação de rua na cidade, e que 60% destes são pessoas oriundas do setor de bares e restaurantes que perderam emprego.

Armando Arruda, representando o Sindiprom (Sindicato das Empresas de Promoção e Organização de Eventos), ressaltou que o setor oferece em tempos normais faturamento de R$ 16 bilhões por ano na cadeia produtiva da cidade, mas está há 13 meses sem trabalhar. Ele apontou para o problema dos impostos devidos pelas empresas mesmo com atividades suspensas e ainda disse que encaminhou à Comissão um texto para uma atualização de portaria para a atividade de feiras, garantindo que ocorram neste momento sem aglomerações, com protocolos seguros, etc.

Suzi Camargo, representante da Abeoc (Associação Brasileira de Empresas e Eventos) disse que o setor precisamos ser ouvido em seus pleitos. Disse que é preciso organizar a exigência de um documento para a realização de eventos. Atualmente, para conseguir autorização pede-se o CPF, ela pede que seja um CNPJ para emissão de alvará.

Ricardo Dias, da Abrafesta (Associação Brasileira de Eventos), apontou para situação gravíssima em relação ao crédito das empresas do setor. Já Paulo Passos, diretor-executivo da Abrace (Associação Brasileira de Cenografia e Estandes), salientou que o setor de eventos é o indutor da gastronomia, negócios e turismo em São Paulo e há a necessidade clara de tratar esse setor de forma separada.

Entre outras falas, também se manifestou Joaquim Saraiva, presidente Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), que sugeriu que os estabelecimentos possam voltar a atender, mesmo que em horário reduzido de ao menos por 3 horas, no horário de almoço, para ajudar a evitar novas falências e fechamentos.

JOTA ABREU
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