Audiência pública discute contratos entre prefeitura e OSS

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Reunião da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher         Foto: Luiz França / CMSP

DA REDAÇÃO

A situação dos contratos entre a prefeitura e as Organizações Sociais de Saúde (OSS) foi discutida nesta quarta-feira (19/8) durante audiência pública promovida pela Comissão de Finanças e Orçamento. De acordo com representantes das entidades, é necessário repensar a carreira dos médicos e investir mais em infraestrutura.

Para o representante da SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) João Ladislau, o problema não é a falta de médicos, mas sim de uma política atrativa para os profissionais. “A dificuldade de contratação é porque não existe um plano de carreira atrativa. Falta desenvolver uma política que atraia os colegas, porque até a infraestrutura é precária”,  afirmou.

A representante da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem Ana Luiza Paganini explicou que um dos problemas é a forma como as OSS são avaliadas. “Temos metas a cumprir, no entanto, às vezes, elas não são cumpridas porque as pessoas não comparecem no dia para fazer os exames e aí deixamos de receber um percentual, mesmo com todos os profissionais disponíveis para atender e os equipamentos funcionando”, declarou.

No ano passado, a prefeitura mudou os contratos com as Organizações Sociais de Saúde. Eles foram refeitos com novas regras e com metas mais objetivas. Os novos editais seguiram uma diretriz de padronização dos contratos de gestão. “Essa foi uma boa mudança. No entanto, precisar discutir maneiras de superar as dificuldades de um dos sistemas mais complexos de se gerir, a saúde, seja ela pública ou privada”, afirmou o diretor executivo da Fundação Faculdade de Medicina, Felipe Neme.

O presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, vereador José Police Neto (PSD), sinalizou para a importância da Câmara discutir esses contratos. “O parlamento se apresenta para corrigir erros e mostrar os problemas, essa é a nossa função. Percebemos com a audiência pública que a primeira questão a ser resolvida é a produção de indicadores de desempenho que mostrem de fato como esses contratos devem ser geridos, como será o atendimento, se existem médicos nas unidades e se eles têm insumos para trabalhar”, disse.

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