Comissão do Meio Ambiente discute as zonas ambientais da Lei de Zoneamento

MARINA PAES
DA TV CÂMARA

A luta por uma cidade mais verde levou movimentos ligados à sustentabilidade para a reunião da Comissão do Meio Ambiente nesta terça-feira (11) na Câmara Municipal.

A nova Lei de zoneamento e a implantação, manutenção e incentivo de ampliação de áreas verdes foram discutidas durante a reunião. A cidade, que hoje registra 507,2 km quadrados de áreas verdes, passará a ter, segundo o projeto do zoneamento, 586,1 km quadrados.

“O conjunto de zonas ambientais teve um incremento de 16% em área verde, em relação ao que tem hoje. Um segundo ponto, que é uma grande inovação, é a cota ambiental, que é a gente obrigar uma qualificação ambiental, trazer mais plantio de vegetação, de árvores, dentro do lote  onde tem um desenvolvimento imobiliário, para lotes acima de 500 m2. Então aquela área que tem mais densidade, vai ter mais qualidade ambiental”, explicou o diretor de uso do solo- da Secretaria  Municipal de Desenvolvimento Urbano Daniel Montadon.

Segundo o secretário-adjunto do Verde e Meio Ambiente, Romildo Campello, há um claro avanço a partir do momento em que são criados mecanismos mais refinados, mais detalhados para avaliar o impacto ambiental das construções.”A cota ambiental, que é esse estudo neste momento, leva em consideração fatores novos que até então não se levava em consideração”, explicou

A Organização Mundial da Saúde recomenda 12 metros quadrados de área verde por habitante. Aqui em São Paulo, o número chega a apenas 2,6  metros quadrados por habitante. Essa é uma das preocupações do movimento Rede Novos Parques, que propôs o conceito de zona especial de regeneração orgânica das áreas verdes da cidade para o município.

“Ela vem com uma proposta de regenerar esses espaços para que eles possam ser parques, para que eles possam ser praças e assegurar a qualidade de vida na cidade”, disse Henry Freitas, um dos integrantes do grupo.

Especialistas foram ouvidos durante o encontro. Para o botânico Ricardo Cardim, telhados e muros verdes podem ajudar na batalha por uma cidade mais sustentável. “Um telhado verde pode reduzir até 18 graus a temperatura da laje. Fora que ele pode servir de abrigo para aves e fauna, combatendo pragas urbanas, como baratas e cupins. Pode ainda reduzir barulhos, aumentar a umidade do ar, servir de área de lazer e de cultivo de alimentos orgânicos. Então a gente tem uma série de benefícios”, disse.

O vereador Ricardo Young defendeu a realização de mais debates sobre o tema. “Precisamos saber quais são os corredores de ZERs que podem efetivamente ameaçar o verde, o que fazer, o que cada um dos setores está pensando. Quais são as cotas ambientais, onde elas vão ser aplicadas, como elas vão garantir os serviços ambientais. Como é que está a situação das praças, que estão grafadas e ainda não se tornaram praças e qual é a situação delas agora na lei de zoneamento”, disse.

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