Comissão que estuda plano de Cidade Inteligente prorroga trabalhos por mais 60 dias e recebe especialistas

André Bueno | REDE CÂMARA SP

Reunião da Comissão de Estudos para Criação de Plano de Cidade Inteligente desta segunda-feira (21/2)

MARCO CALEJO
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A Comissão de Estudos para a Criação de um Plano de Cidade Inteligente (Smart City), se reuniu na tarde desta segunda-feira (21/2) para dar continuidade ao trabalho de elaborar ações sustentáveis para a cidade de São Paulo. A proposta do estudo é promover políticas públicas para implantar na capital paulista conceitos de uma cidade inteligente, com o desenvolvimento da economia e proporcionando qualidade de vida à população. Na reunião de hoje, os integrantes da Comissão apreciaram requerimentos e receberam especialistas no tema.

Os trabalhos desta segunda foram conduzidos pelo presidente da Comissão, vereador Marlon Luz (MDB), que no início da reunião colocou em votação dois requerimentos. Ambos aprovados. O primeiro item da pauta, protocolado por Marlon, prorroga o prazo de encerramento das atividades da Comissão de Estudos por mais 60 dias. A outra solicitação, de autoria da vereadora Cris Monteiro (NOVO), convida para a próxima reunião o professor de Direito da USP (Universidade de São Paulo), Juliano Souza de Albuquerque Maranhão.

Além de aprovar os requerimentos, a Comissão de Estudos recebeu os especialistas em Smart City (Cidade Inteligente) Elias de Souza, da Deloitte, e Raquel Cardamone, da Bright Cities. Os convidados apresentaram dados, gráficos e contribuíram com sugestões para elaboração de um plano de cidade inteligente.

De acordo com Marlon Luz, o conteúdo enriqueceu o debate e trouxe informações importantes. “Foram trazidos para cá alguns parâmetros de cidades mais e menos inteligentes. Fico feliz que a cidade de São Paulo é bastante inteligente, e é interessante saber que podemos melhorar ainda mais essa inteligência”.

Convidados

O Elias de Souza foi o primeiro a falar sobre o conceito de Cidade Inteligente. Para começar, o especialista diz que é preciso realizar um “planejamento urbano de forma adequada e ouvir a população”. Outro ponto destacado por Elias trata da inclusão digital para ampliar o acesso à tecnologia aos moradores da capital paulista.

“A gente ouve muito falar que toda a população paulistana tem smartphone. Não, ela não tem. Temos uma população periférica muito grande, com 1.705 favelas e mais de dois milhões de habitantes. A gente não pode admitir que essa população tem smartphone. Essa população é carente, não tem uma inclusão digital. Como essa população vai ter acesso?”, falou Elias.

O especialista também ressaltou os principais objetivos de uma cidade inteligente. “É o desenvolvimento econômico, para atrair empresas e gerar emprego, gerar sustentabilidade, porque eu tenho que promover e gerar mais recursos naturais e, por fim, qualidade de vida, para que as pessoas tenham saúde, mobilidade e outras infinitas coisas”.

Outra convidada da Comissão, Raquel Cardamone também explanou sobre o conceito de cidade inteligente e ilustrou o discurso com informações e números exibidos no telão eletrônico do Plenário 1° de Maio. “Hoje temos diversas fontes públicas, com dados que a gente pode utilizar para entender qual é o diagnóstico atual da cidade, e comparar as cidades para sempre avaliar de uma forma colaborativa”.

A pesquisadora disse que é importante identificar os pontos que devem ser aprimorados para traçar um plano de soluções adequadas para a cidade. “Podemos dar o exemplo de indicadores como o da mortalidade e de acidentes de trânsito. A padronização de indicadores faz a gente entender onde cada cidade está e onde ela pode chegar em termos de melhora”.

A reunião da Comissão de Estudos está disponível pode ser conferida na íntegra no vídeo abaixo:

 

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