Comitê de crise na Educação discute possível anúncio sobre volta presencial de aulas

JOTA ABREU
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Os integrantes do Comitê Emergencial de crise na Educação, vinculado à Comissão de Educação, Cultura e Esportes, manifestaram preocupação relacionada ao anúncio programado pelo Poder Executivo municipal para a próxima quinta-feira (22/10) sobre eventual retorno das aulas presenciais na rede pública da cidade. As manifestações ocorreram durante a 12ª reunião virtual do Comitê, realizada nesta terça-feira (20/10).

Patrícia Pimenta, do SINPEEM (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo), pediu que haja consideração com as discussões e encaminhamentos feitos pelas entidades e representantes durante as reuniões do Comitê. Segundo ela, a apreensão existe mesmo que a determinação seja de volta às aulas apenas para 2021, como preferem a maior parte das organizações. “Os documentos oficiais de organização de escola foram publicados sem nenhuma alteração. É impossível cumprir as propostas apontadas pelas enfermeiras sobre distanciamento, sanitização, higienização com a estrutura das escolas. Não há condições de garantir a segurança que os estudantes, adultos e profissionais de educação precisam”, afirmou.

Margarida Genofre, vice-presidente da APROFEM (Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo), também apontou preocupação com eventual anúncio de retorno das aulas presenciais. Ela também disse que os profissionais aguardam resultado do inquérito sorológico realizado pela Secretaria Municipal da Educação.

A vice-presidente do SEDIN (Sindicato dos Educadores da Infância), Joélia Rodrigues, declarou que o inquérito não deverá trazer tranquilidade e segurança que pais, alunos e profissionais precisam para um retorno das aulas. De acordo com ela, isso só será possível com a vacina contra a Covid-19. Ela reafirmou a opinião pelo retorno de aulas apenas no ano que vem.

Houve também novos relatos de famílias de estudantes que, mesmo tendo feito o cadastro no mês de junho, ainda não receberam o benefício do cartão-alimentação referente à merenda escolar, sem resolução com a operadora do cartão ou com a secretaria.

O vereador Toninho Vespoli (PSOL) alertou para profissionais do Atendimento Pedagógico Especializado que devem ter de realizar visitas domiciliares aos alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Segundo o vereador, não há garantia de vale-transporte ou custeio para a locomoção destes profissionais.

Já o vereador Eduardo Suplicy (PT) protocolou requerimento aprovado pelos demais integrantes solicitando informações precisas sobre vagas em CEIs (Centros de Educação Infantil), como os números de vagas, datas e quantidade de matrículas.

A reunião foi conduzida pelo presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes, vereador Eliseu Gabriel (PSB), que também colocou em votação e determinou a publicação de outros dois requerimentos.

Ainda se manifestaram durante a reunião Ivan Ferreira, representante do Fórum Paulista de Educação Infantil, e Christian Sznick, integrante da diretoria do SINESP (Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo).

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