Consórcio responsável por Feira da Madrugada diz ter documentação regular

Luiz França/CMSP

CPI da Feira da Madrugada se reuniu nesta terça-feira na Câmara

DA REDAÇÃO

Os representantes do Consórcio Circuito de Compras SP garantiram nesta terça-feira (29/8) que estão cumprindo todas as medidas determinadas pela Cesteb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) de descontaminação do solo da Feira da Madrugada – comércio localizado na região central da capital paulista – e que tem todas as licenças para fazer obras no local.

Durante a reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Feira da Madrugada, o executivo representante de um dos sócios do Consórcio Circuito de Compras disse que todos os laudos necessários foram feitos e a Cetesb aprovou que eles participem do programa de remediação – que prevê uma série de medidas para resolver o problema, entre elas, o monitoramento da área e o não plantio de árvores frutíferas.

“O solo está contaminado com benzeno e chumbo e nós estamos cumprindo a nossa obrigação para descontaminá-lo”, argumentou Mauricio Keller.

O advogado do Consórcio SP, Luis Eduardo Serra Neto, detalhou a situação. “Estamos em fase de solução de acordo com o protocolo da Cetesb. A água fornecida para feirantes e clientes não é a que está contaminada”, disse.

Os representantes do Consórcio Circuito de Compras SP ainda se defenderam em relação à acusação dos feirantes de que eles estariam fazendo obras irregulares na área. “A concessionária está cumprindo o cronograma do contrato e vamos apresentar para a CPI um pacote completo com todas as autorizações municipais e estaduais para o andamento da obra”, disse Neto.

De acordo com o advogado, todos os “investimentos para melhorias na Feira da Madrugada estão sendo feitos”.

No entanto, não é o que acham os feirantes. Há mais de uma década com um comércio de moda feminina na Feira da Madrugada, Eliana Moreira Alves relatou que não está “segura” no local. “Várias irregularidades estão ocorrendo e eles querem nos mudar de local. Eles deveriam é organizar o espaço que estamos”, contou.

Os vereadores da CPI pretendem aprofundar as investigações. “A mim, não me convenceu. Estamos trabalhando e vamos exigir todos os laudos para apurar a veracidade do que eles disseram”, argumentou Souza Santos (PRB).

Para o presidente da CPI, vereador Adilson Amadeu (PTB), as declarações dos representantes do Consórcio não são coerentes. “Escutamos eles [Keller e Neto] e o que eles contaram não bate com o laudo. A área não está descontaminada e eles não estão tomando as providências. Em relação às obras, os engenheiros da Casa que nos assessoraram vão fazer as vistorias e ver se os documentos estão corretos”, disse.

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