Coronel defende regularização de ‘pancadões’

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Comissão de Segurança Pública debate regularização dos pancadões                       Foto Luiz França

DA REDAÇÃO

O comandante do CPC (Comando de Policiamento da Capital), coronel Reinaldo Zychan de Moraes, afirmou que apoia a decisão da prefeitura de regulamentar os ‘pancadões’ – bailes funks – em São Paulo. Durante a reunião da Comissão de Segurança Pública da Câmara, ele explicou que essa iniciativa ajudará a polícia militar e os agentes vistores a realizarem a fiscalização.

“Apoio essa iniciativa porque alguns ‘pancadões’ são atividades culturais, no entanto, outros estão ligados ao crime organizado. Essa é uma maneira de identificar quais estão sendo realizados sem cumprir a lei, como por exemplo, com a venda de bebidas alcoólicas para menores de idade”, explicou Moraes.

Para o coronel Conte Lopes (PTB), outras medidas também devem ser trabalhadas. “A Prefeitura e o Estado devem pensar em ações específicas porque isso atrapalha quem mora perto dos locais onde acontecem os ‘pancadões’. É preciso agir antes que o evento comece”, afirmou.

O presidente da comissão, vereador Reis (PT), seria fundamental a implantação de um grupo de trabalho para discutir os ‘pancadões’. “É necessário que exista uma cobrança para que o direito ao silêncio seja garantido”, declarou.

No início de abril, a prefeitura e o Governo do Estado anunciaram uma série de ações para minimizar os impactos causados por esse tipo de evento. De acordo com a proposta, o município, em parceria com os organizadores, oferecerá estruturas como gradis e banheiros químicos, enquanto a PM e a GCM (Guarda Civil Metropolitana) farão a segurança.

Os ‘pancadões’ poderão ser realizados apenas das 10h às 22h. Os locais para a realização dos bailes serão determinados pela subprefeitura e pela Secretaria de Promoção e Igualdade Racial, para não atrapalhar o trânsito e garantir o silêncio para as pessoas que moram próximas onde as festas são promovidas.

5 Contribuições

Ivana Maria Eraclide

Concordo com o projeto, desde que siga os padrões estipulados: horários e locais pré definidos e sem atrapalhar a comunidade local (vizinhança).

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Nelson Oliveira

Aqui na rua Cipolandia, Parque Regina é mesmo bairro de ninguem, pois todos os fins de semanas os caras estacionam seus carros na rua e poem este lixo cultural em ultimo volume, fecham a rua e somos obrigados a ouvir estas musicas de pura putaria as vezes das 16 hrs até as 4 da madrugada, nem adianta ligar para a policia, pois aqui a única coisa que esta em dia são nossos impostos, o resto tenho até vergonha de dizer que sou um cidadão brasileiro. pois somos obrigados a ver menores bebendo, fumando maconha e até quase transando na rua,e nada podemos dizer, por que se falarmos alguma coisa tomamos tiro…

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Tania de Oliveira

Não vejo o pancadão como incetivo cultural. As poucas palavras que essas musicas expressam é a ostentação a exposição da sexualidade feminina e etc… Outra questão a se observar com atenção são os excessos de bebidas alcoólicas, uso e venda de drogas, relações sexuais sem proteção, opressão da policia para tentar manter a ordem. Esses encontros tem trazido muito desconforto para a população periférica. O que esses jovens precisam em suas regiões são bonitos parques, cinemas, teatros, oficinas de cidadania, acesso a todo tipo de esporte, ações que permitam aflorar a capacidade e competência dos adolescentes, incentivar a participação de programas familiares e entre outros. Obviamente respeitando o gênero musical de cada um. É preciso refletir antes de tomar decisões em relações as periferias, essas regiões não possuem o minimo que a constituição brasileira garante, portanto é preciso investigar de fato as reais necessidades existentes a décadas.

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Adler

Amiga Tânia, eu já participei muito desses eventos, e vejo sim como cultural, pois é um costume das pessoas mais humildes, e com estilo de vida diferente. Sei que seria bom se todo mundo gostasse de Bethoven, Mozart e Chopin, mas cada pessoa toma uma identidade visual, musical, que faz seu estilo. Eu gostei muito de funk que na época era voltado para dança mais sensual. Frequentei tanto bailes fechados, show, e estes pancadões, que uniam duas das coisas que eu mais gostava: som automotivo e dança. Claro que como todos os grupos, tem suas vertentes, e grande parte dessas pessoas, acabam tomando como identidade, coisas que não agradam grande parte da sociedade, desde o jeito de falar até a maneira de falar. Mas essa já é outra história que tem que ser tratada na raiz, coisa que não existe no Brasil.
Então, falo por experiência própria nesse meio, realmente há uma carência de um espaço voltado à este tipo de lazer, que é costumeiro em todo o país, um local que não atrapalhe o sono de ninguém, que tenha segurança, para que não tenha drogas nem violência, pois acredite, a maioria das pessoas nesse meio, é do bem, porém a minoria criminosa é que acaba “roubando a cena” e difamando esses tipos de evento.
Repreender esse tipo de evento, é como assoprar a poeira, ela sai de um lugar e vai pra outro, mas nunca para, e cada vez mais se torna um submundo largado e isolado, evitando fiscalização e policiamento. Ou seja, repreender torna o problema mais grave.
A solução para o problema é realmente a designação de um local para estes eventos, que não atrapalhe ou perturbe o sossego alheio, com fiscalização e segurança, já que a maior parte do movimento noturno estará em apenas um local, a polícia pode muito bem manter base nesse local durante o evento. Não desmerecendo seu comentário, boa parte dele eu também concordo. Abraços!

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