CPI da Feira da Madrugada discute organização dos comerciantes

Luiz França

A CPI ouviu o comerciante David Sergio Alves de Lima, comerciante sem Termo de Permissão de Uso, mas com contrato com o Consórcio

ELDER FERRARI
DA WEB RÁDIO CÂMARA

A organização dos comerciantes que pretendem criar uma comissão que vai representá-los na negociação com o Consórcio Circuito de Compras S.A. foi o tema da reunião da CPI da Feira da Madrugada, realizada nesta terça-feira (17/10).

Os vereadores ouviram o comerciante David Sergio Alves de Lima, que não tem Termo de Permissão de Uso (TPU), mas tem contrato com o Consórcio. Ele disse que paga R$ 910 por mês ao Consórcio e o box dele ficava no setor Cinza, que já foi derrubado para o início da construção do shopping no local.

David Sergio Alves de Lima disse que faz parte de um grupo de 2 mil pessoas que pleiteia na Justiça o TPU para poder trabalhar na Feira. Segundo ele, 50 membros (do grupo) estão em uma área localizada dentro do espaço da Feira da Madrugada, na esquina da Rua Oriente com a Rua Monsenhor Andrade, na região do Brás, e não vão sair de lá enquanto o Consórcio não der uma solução para eles.

“Se o Consórcio não terminar as obras no Amarelo e agora no Cinza, que foi derrubado, e não conversar conosco sobre esses trabalhadores, nós vamos colocar os outros 1.950 dentro da Feira.”

Sobre a organização dos comerciantes para negociar com o Consórcio Circuito de Compras e com a Prefeitura, David acredita que isso só vai acontecer se uma autoridade ajudar nessa organização.

“Queremos que alguma autoridade da Prefeitura ou da Câmara Municipal vá conosco para fazer essa eleição, porque aí haveria uma transparência maior. E assim todos iriam aderir e votar na eleição e organização da Feira.”

Durante a reunião, os vereadores relataram a existência de uma assembleia ocorrida no dia 13 de outubro, na qual houve a escolha de 11 representantes dos comerciantes. A maioria dos presentes rechaçou essa escolha. Ananias Rodrigues da Silva, conhecido na Feira por Obama Brasil, que tem um box com TPU, explicou que organizou a assembleia atendendo a um pedido dos vereadores, com um abaixo-assinado contendo 200 assinaturas.

“Eu, Ananias Rodrigues, me propus a fazer esse trabalho, que estava totalmente barrado. Fiz o abaixo-assinado que elegeu esses 11 representantes.”

Essa assembleia não é reconhecida pela maioria dos representantes da Feira da Madrugada. Manoel Sabino, presidente da Associação do Circuito das Compras (ACIRCOM), prometeu sanar o problema nas próximas semanas.

“No máximo em mais duas sessões da CPI já estará formada essa Comissão, com certeza.”

O presidente da CPI da Feira da Madrugada, vereador Adilson Amadeu (PTB), entende que a falta de organização dos comerciantes, com ou sem TPU, atrapalha as negociações com o Consórcio Circuito de Compras.

“Quando a CPI fala para eles se organizarem, não é para os 4 mil falarem a mesma coisa, mas se dez, 11, 13 ou 15 falarem em nome de todos, a gente vai entender o que eles estão pretendendo.”

A CPI da Feira da Madrugada deveria ter ouvido na reunião desta terça-feira (17/10) Mariana de Souza Rolim, diretora do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), ligado à Secretaria Municipal de Cultura.

Ela não compareceu, alegando compromissos agendados antes do convite. Diante da ausência dela, o vereador Adilson Amadeu vai convocá-la a participar da próxima reunião, na terça-feira que vem.

“Essa senhora não vindo hoje atrapalhou os nossos trabalhos, porque a gente queria escutar a respeito de todo o patrimônio histórico que tem dentro da Feira”, afirmou.

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