CPI da Feira da Madrugada vai ouvir trabalhadores antes do relatório final

Foto: Luiz França/CMSP

A CPI se reuniu no Salão Nobre da Câmara na manhã desta terça-feira

ELDER FERRARI
DA WEB RÁDIO CÂMARA

A CPI da Feira da Madrugada vai ouvir reivindicações dos trabalhadores para encaminhá-las à Prefeitura e ao Consórcio Circuito de Compras S.A. antes do fechamento do relatório final, que deverá ser apresentado no dia 12 de dezembro. O presidente da CPI, vereador Adilson Amadeu (PTB), explicou que ainda há interesses difusos em relação à Feira da Madrugada que precisam ser resolvidos da melhor maneira possível.

Amadeu afirmou que uma reunião do Comitê Intersecretarial da Prefeitura de São Paulo, realizada no último dia 25 de novembro, determinou que a desocupação da atual Feira da Madrugada e a consequente transferência para o Complexo Provisório conhecido como Amarelão será feita até o fim do ano.

“As secretarias se reuniram e decidiram que a transferência para o Amarelão será realizada até o dia 27 de dezembro. Essa não é uma decisão da CPI. O que nós faremos é apresentar o relatório final e encaminhar ao Ministério Público”.

A CPI deveria ter tratado do estacionamento da Feira da Madrugada na reunião desta terça-feira, mas os convidados não se apresentaram, alegando que tinham outros compromissos.

Diante das ausências, os vereadores resolveram convocar para próxima reunião (5/12) os sócios-proprietários da Diastur e da Logitechtrans Gerenciamento de Projetos de Transportes Ltda, José Romano Neto e Milena Braga Romano. Também será convocado o chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Trabalho e Empreendedorismo, Pedro Henrique Somma Campos.

O relator da CPI da Feira da Madrugada, vereador Camilo Cristófaro (PSB), entendeu como desrespeitosa a ausência dos convidados e explicou a importância dos depoimentos deles à CPI.

“Ninguém sabe o que o estacionamento fatura, quanto fatura, porque fatura. Não tem um recibo, não paga ISS (Imposto sobre Serviço), ninguém sabe nada, ou seja, uma caixa preta”.

A CPI também vai organizar uma visita de dez trabalhadores com TPU (Termo de Permissão de Uso) ao Amarelão e à Tenda Anexa, que representa cerca de 2,4 mil boxes. O presidente Adilson Amadeu (PTB) entende ser importante proporcionar essa visita para que os que estão criticando possam conhecer os avanços do espaço provisório. Ele fez a afirmação baseado na 2ª diligência da CPI no localrealizada no último dia 23 de novembro.

“Muitas pessoas que vinham aqui reclamando gostaram demais do piso, dos sanitários, do local, da chegada dos ônibus. Eles tinham um espaço inadequado e quando encontram o espaço provisório chegam à conclusão que é de razoável para bom.”

8 Contribuições

Adriano

Sinto muito, mais qual o cliente que vai naquele fim de mundo comprar tendo tantos outros lugares melhores ali no valtier e arredores

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Irandi Bezerra

Meu nome é Irandi Bezerra, na minha opinião o Amarelão não oferece nenhuma segurança para mais de dois mil trabalhadores mais alguns clientes, digo alguns porque está fora da rota de compras e a passarela não é acessível para os mais idosos que frequentam a Feira são muitas rampas para subir arrastando um carrinho resumindo o Amarelão é um forno de microondas

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Irandi Bezerra

O Prefeito nunca quis conversar com os pequenos comerciantes da Feira da Madrugada, são mais de quatro mil trabalhadores que pode causar um outro grande problema ir para as ruas e causar grandes disputas por pedaços de calçadas juntos com os outros milhares já existentes

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Irandi Bezerra

A Feira da Madrugada é um grande projeto social desenvolvido por nós trabalhadores as duras penas e o Prefeito virou as costas para nós

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Leny D Nascimento ro

O piso é pintado,os sanitários não são adeguados para o contingente de pessoas que se espera ,as saídas de emergência são poucas e confusas,o teto é baixíssimo,pouca ou quase nada de circulação de ar,impossível dizer que os trabalhadores estão sendo respeitados nos seus direitos básicos, além do mais e entre tantas coisas erradas, na última visita dos vereadores ao amarelão eles não cumpriram o que havia prometido, levar um engenheiro técnico em segurança do trabalho, e por fim, transferir esse continente enorme de pessoas para aquele lugar é no mínimo um gesto desumano que prova o quanto o trabalhador é desrespeitado nesse país onde o que de fato impera é a ganância e o dinheiro.

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Claudiene

Infelizmente cheguei a conclusão de que nossos políticos,ou melhor ,nossos funcionários políticos não estão nem um pouco preocupados com o bem do povo ,eles tem real e absoluta certeza de que finalizando o relatório da CPI a favor do consórcio,estarão prejudicando a vida de milhares de pais de família que levam o sustento de seus filhos com dignidade em um espaço criado e desenvolvido graças ao esforço desses milhares de trabalhadores.
Total desrespeito do poder público e dos membros da CPI que fecham os olhos pra esse absurdo.
O amarelão é um espaço tão digno,considerado bom ,porque os senhores vereadores não instalam seus escritórios e ficam lá nesse conforto que o consórcio está disponibilizando.
Porque nós trabalhadores dignos não queremos.

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Pedro Azevedo

Primeiramente, eu como trabalhador da Feira da Madrugada, não desejo um espaço “razoável” ou “bom” para trabalhar, espero um espaço de excelente qualidade de trabalho, onde se possa estar tranquilo em relação aos serviços de limpeza e segurança(que atualmente ambos não existem, e já suponho que nesse local provisório não existirá!).
Como referência popular de compras no bairro do Brás e da capital de São Paulo, tem-se a Feira da Madruga. Se ela muda, tudo muda! Não queremos shopping, senhores vereadores e senhor prefeito. O que da reconhecimento e cara a Feira, é ser popular como é: local simples, preços baixos e trabalhadores humildes que estão aqui nesse espaço apenas com intuito de levar o sustento para suas famílias.
Com a construção de um shopping, luxuoso, moderno, bem visionado… onde mesmo que não se queira, os preços das mercadorias subirão, valores dos aluguéis dos espaços consequentemente também, logo o novo Circuito de Compras do estado de São Paulo, popularmente conhecido como Feira Da Madrugada, perderá sua cara e sua origem. Gostaria de saber, como um trabalhador(pobre), irá conseguir seu local de trabalho no novo Circuito de Compras, pois se presume que para locação de uma loja, terá de se pagar luva anual, sem se falar no aluguel, que não será nada popular? Essa é somente uma das dúvidas que muitos de nós temos. Só queremos uma solução razoável para ambos, pois essa que vocês querem trazer, não é uma solução que beneficiará ambos, e sim, somente os ricos!

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Aline cabral

Se é um lugar razoável pra trabalhar, transferi então a câmera dos vereadores pra lá , vocês não tem noção de quantas famílias vão perder o emprego. Se na atual feira ás coisas já estão dificies, imagina no “espaço desse razoável” que nem todos irão.. vão ser muitas famílias prejudicadas, pois como algumas clientes já falaram “eles não vão passar pela passarela nenhuma com peso”… por que vocês não ficam um tempo lá e depois nos falam como é??? “caso se aprovado pelos bombeiros”(que em nome de Jesus não vai ser), é bom providenciar uns 100 guardas municipais(no mínimo), porque lá existe um alto número de ladrões, eu mesma já fui roubada várias vezes naquele local…
#ficafeirinha

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