CPI da Migração: participantes dizem que desafio é melhorar atendimento público

Luiz França/CMSP

Na CPI da Migração os vereadores ouviram representantes que atendem população estrangeira em São Paulo

DA REDAÇÃO

Representantes de diferentes instituições que atendem imigrantes em São Paulo disseram que a falta de preparo dos profissionais dos serviços públicos é um dos desafios para quem chega a capital paulista vindo de outro país. Durante a reunião desta terça-feira (18/4) da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Migração, os participantes sugeriram que os trabalhadores tenham mais orientações para entender a situação dessa população.

Segundo a coordenadora do Centro de Referência para Refugiados e integrante da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo, Maria Cristina Morelli, se houver um melhor atendimento aos imigrantes, eles conseguirão ter emprego e moradia.

“Os trabalhadores precisam ter mais entendimento sobre os costumes, idioma e as diferenças culturais dessas pessoas. Devem estar prontos para oferecer o melhor atendimento a quem está nessa situação”, propôs.

A Cáritas atendeu no ano passado uma média de 16 imigrantes, de diversos países como Angola, Congo, Nigéria e Síria, por dia. “Os serviços aos imigrantes devem ser pensados após a saída deles dos abrigos públicos”, disse Maria Cristina.

O integrante do Conselho Participativo do Butantã, Werner Regenthal, é imigrante alemão e elogiou os avanços das políticas públicas na capital paulista.

“As leis melhoraram bastante, o fato dos conselhos terem uma cadeira para imigrantes é uma grande conquista. Participar de eleições é algo fundamental e os políticos das esferas municipal, estadual e federal poderiam pensar em algumas mudanças na legislação”, disse.

A necessidade de divulgar informações aos imigrantes e aos profissionais dos serviços públicos foi um dos problemas apresentados pela coordenadora do Crai (Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes), Viviana Peña. De acordo com ela, a falta de divulgação das leis existentes faz com que muitas medidas não sejam cumpridas. “Estamos fazendo atendimentos itinerantes para que o conhecimento sobre os direitos dos imigrantes cheguem a todos”, contou.

A presidente da ONG Presença da América Latina, Oriana Jara, concordou com os problemas apresentados por todos os participantes e elogiou o trabalho da CPI.

“Capacitar os profissionais dos serviços públicos e respeitar os imigrantes é o começo de tudo. Precisamos ser sujeitos de direito para que possamos ser ouvidos, como está fazendo essa Comissão”, destacou.

Os vereadores da CPI consideraram fundamentais as sugestões apresentadas pelos participantes. “Eles contribuíram muito porque trabalham diretamente com os imigrantes. Queremos fazer um material colocando todos os pontos”, adiantou o relator Fábio Riva (PSDB).

O presidente da Comissão, vereador Eduardo Suplicy (PT), acrescentou que é fundamental ouvir o máximo de pessoas para que a CPI apresente propostas para melhorar as condições dos imigrantes. “Vamos encaminhar todas essas sugestões que estamos ouvindo para que São Paulo possa acolher da melhor maneira os imigrantes”, disse.

CPI 

A CPI da Migração foi instalada em fevereiro na Câmara Municipal de São Paulo com o objetivo de averiguar a política de migração e as medidas necessárias para aperfeiçoá-las.

3 Contribuições

Oriana Isabel Jara Maculet

Muito boa a participacao de todos nesta comissao. , Foram analise de iniciativas realizadas ou ainda por realizar propostas de futuros trabalhos conjuntos e debate com futuro e nao circunscrito a ataque a pessoas ou instituições que nao prestigiam nem enaltece os debates dessa Camara.
Nossa causa e supra partidária e contamos com o apoio de homens e mulheres de boa vontade de todos os partidos… Estamos falando de seres humanos, de direitos humanos que se discutem entre humanos, alem de qualquer divisão política partidária, ou qualquer ideologia que nos separa. Obrigada Vereadores membros desta comissaon Altura de propostas e de debate.

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Lucyrene de Oliveira Canas

Acredito que se eu vou em casa alheia EU devo seguir as regras, as tradições e a cultura por questões de ética e educação. Ter melhor atendimento, até aí é problema de quem aceita o trabalho. ONGs e Instituições dizerem que migrantes ou imigrantes são sujeitos de direito não quer dizer que NÓS brasileiros não somos. Sou neta de imigrantes, meus avós trabalharam duramente, e, mesmo sem entenderem o idioma logo de início se esforçaram, trabalharam, sobreviveram sem o protecionismo que querem impor atualmente. Se migrantes, ou imigrantes, como queiram chamar são dignos de protecionismo, por que os brasileiros, paulistas, paulistanos têm que se sujeitar às diversas culturas, crenças, costumes e NÃO TEMOS o mesmo protecionismo do Estado, das ONGS e INSTITUIÇÕES? Por acaso os brasileiros são menos dignos apesar de acolher todos que migram e ainda se sujeitar aos mimimis? Ora caros políticos, o Brasil por enquanto é casa dos brasileiros, nossa casa nossas regras se todos são iguais perante a lei por que para os brasileiros a desigualdade está falando mais alto?

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Israel Soares

Essas políticas globalistas que estão acontecendo no Brasil me parece que está se dobrando a interesses de Países de fora, a Europa está com sérios problemas com refugiados e parece que tem influenciado ($) nossos políticos a votarem a favor de pautas que vão acabar com o nosso País, mais do que já está acabado. Vão ter mais direitos do que nós brasileiros natos, ou seja, os de fora tem mais valor do que os de dentro, pra quem não sabe quem tem políticas parecidas com extrangeiros é CUBA,e cada vez mais estamos parecidos com esses Países falidodos por comunistas e socialistas lunaticos. Eu amo meu País é sou sim muito patrióta, só que esses bandidos esquerdopatas tem que sair do poder, da mídia e de tudo, eles dominam esse País é não existe oposição, coisa de 90% dos nossos políticos são de esquerda, aliados e não oposição (PT,PMDB,PP,PP entré outros), fazem um circo e o palhaço é você, eu, brasileiro cheio de esperança.

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