CPI defende que Belas Artes é patrimônio imaterial da cidade

Mozart Gomes / CMSP

Com a exibição de um trecho do documentário Cine Belas Artes A esquina do cinema, de Fabio Ornelas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada para estudar o tombamento do local iniciou seus trabalhos nesta quarta-feira.

A produção uniu depoimentos de moradores e lojistas da região, frequentadores do Belas Artes, funcionários do cinema e representantes do poder público argumentando em favor do tombamento do local, que eles consideram ser parte da memória de São Paulo e um ponto importante na transmissão de filmes não-comerciais. Em uma entrevista com André Sturm, um dos sócios, ele chega a dizer que o tombamento pode mudar a relação do paulistano com cidade, que tem o costume de deixar cair o que já está caindo.

Para o vereador Eliseu Gabriel (PSB), presidente da CPI, é primordial que o governo interfira no caso do Belas Artes, no sentido de preservar o que, para ele, é interesse da sociedade. Ele defende que seja utilizado o conceito de patrimônio imaterial no tombamento, mesmo que esteja ligado ao edifício. É um pacote. O prédio pode não ter características arquitetônicas importantes, mas representa algo imaterial que é um bem para a cidade, explicou.

Nesta quarta-feira, a CPI também elegeu o vereador Floriano Pesaro (PSDB) como relator. Ele também é favorável ao tombamento do Cine Belas Artes, e acredita que a partir dos trabalhos surgirão outros casos semelhantes. Precisamos de uma política pública para um patrimônio imaterial que se esvai quando a parte física é degradada, afirmou.

A vice-presidência da CPI ficou com Marco Aurélio Cunha (PSD), que defende que o tombamento tenha garantias de que o Cine Belas Artes, em gestões futuras, mantenha a sua programação como era, e que ele não se torne um cinema como os outros.

(23/5/2012 – 15h40)

 

 

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