CPI investigará áreas contaminadas na cidade de São Paulo

Os vereadores aprovaram na tarde desta terça-feira (25/3) a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as áreas contaminadas do município de São Paulo. Proposta pelo vereador Calvo (PMDB), a investigação recebeu o apoio das duas maiores bancadas da Câmara, PT e PSDB, tendo seu requerimento de preferência recebido 32 votos favoráveis, oito contrários e duas abstinências.

Calvo acredita que o colegiado pode encontrar maneiras de melhorar a fiscalização, descobrindo novos pontos de contaminação e evitando o surgimento de outros no futuro. Para ele, esse é um problema cuja importância aumenta à medida que aumenta a escassez de terrenos na cidade.

O que mais falta em São Paulo são áreas para a implantação de equipamentos públicos. O Governo Federal tem verba para a construção de creches e a prefeitura não tem locais para erguer essas creches. E nós temos mais de 160 mil crianças esperando por uma vaga na educação infantil, declarou o vereador.

Essa é a segunda CPI aprovada pela Câmara em 2014. A outra, que investiga irregularidades na emissão de alvarás de funcionamento para casas noturnas da Capital, já está instalada desde 12 de fevereiro.

Radioatividade
O vereador Paulo Frange (PTB) sugeriu durante a sessão que a nova CPI concentre seus esforços para encontrar um destino para o lixo nuclear presente no terreno da antiga Usina Interlagos, na zona sul da cidade. Entre 1986 e 1992 o local foi utilizado para a produção de tório, lantânio, cério e outros metais a partir do refino da monazita, processo que gera resíduos radioativos.

Até hoje, os galpões da usina abrigam mais de mil toneladas de rejeitos radioativos. Na década de 90, planejou-se a transferência dos resíduos para a cidade de Caldas (MG), mas o então governador Itamar Franco emitiu um decreto proibindo o recebimento de lixo nuclear proveniente de outros estados.

Segundo Frange, o Estado de São Paulo não possui locais onde esses rejeitos possam ser armazenados de acordo com a legislação. O único destino adequado para esse material fica no Rio de Janeiro, que possui locais para armazenar o lixo nuclear proveniente das usinas de Angra, comentou o petebista.

(25/03/2014 – 16h58 – atualizado às 18h58)

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