CPI quer Subcomissão Permanente para fiscalizar Feira da Madrugada

Luiz França/CMSP

Vereadores participam da CPI da Feira da Madrugada

DA REDAÇÃO

A necessidade de acompanhar os trabalhos realizados pelo Consórcio SP – que ganhou uma licitação em 2015 com a obrigação de investir R$ 500 milhões em ações de melhoria, estacionamento e hotelaria –levou o presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Feira da Madrugada, Adilson Amadeu (PTB), a propor a criação de uma Subcomissão Permanente. A CPI foi instalada na Câmara Municipal de São Paulo para averiguar possíveis irregularidades no comércio popular localizado na região central da capital paulista.

De acordo com ele, o tempo de trabalho da CPI não será suficiente para apurar todas as irregularidades que estão ocorrendo no local. “Estamos recebendo muitas informações que não batem com o que os gestores do Consórcio SP nos contam. É fundamental que a Câmara aprove uma Subcomissão Permanente para acompanhar essa concessão. É muito dinheiro envolvido”, argumentou Amadeu.

A presidente da Cooperfeira e comerciante da Feira da Madrugada, Solange Neves, elogiou a iniciativa. “A Subcomissão será importante porque teremos mais pessoas para ajudar a investigar tudo o que está acontecendo”, disse.

Os comerciantes reclamam que o Consórcio SP tem cobrado altas taxas e algumas pessoas possuem mais de um boxe no local. Também foi relatado que existe venda de armas de fogo, faltam limpeza e segurança, e há o funcionamento de um bingo dentro da Feira da Madrugada. “Eles [Consórcio SP] nos tiraram os clientes ao colocar comerciantes em lugares privilegiados, demolir alguns boxes, proibir o estacionamento de ônibus no local e deixar algumas lojas grandes”, criticou.

O advogado do Consórcio SP, Luis Eduardo Menezes Serra Netto, admitiu que alguns erros existem. “A concessionária foi contratada para tentar resolver problemas que ocorrem há anos. Eles não foram criados pelo Consórcio. Por considerar a existência de algumas situações e querer melhorar o atendimento à população, foi criado o modelo de concessão”, argumentou. Ele acrescentou que o os problemas serão solucionados com o andamento do contrato.

Para o vereador Souza Santos (PRB) é necessário que o Consórcio SP tome uma atitude. “A empresa precisa dar uma atenção melhor aos trabalhadores. Por enquanto, eles mal conseguem pagar o aluguel. Vocês precisam entregar a Feira da Madrugada como prometeram”, cobrou.

O vereador Eduardo Suplicy (PT) concordou. “É preciso que os frequentadores e os comerciantes tenham um local adequado”.

Investimentos

Detentor de 10% das ações do consórcio, Elias Tergilene contou que atualmente a Feira da Madrugada gera prejuízo. No entanto, ele espera “ganhar muito dinheiro” no longo prazo com os investimentos que estão sendo realizados.  “São muitas etapas que devem ser feitas e estamos na implantação, o que quer dizer que precisamos fazer obras de infraestrutura. É normal que todo empreendimento comece colocando dinheiro”, explicou. O empresário ainda lembrou que esses motivos fizeram com que a licitação exigisse que os participantes tivessem “patrimônio e capacidade financeira”.

O relator da CPI, vereador Camilo Cristófaro (PSB), sugeriu que a Feira da Madrugada volte a ser administrada pela cidade. “É preciso devolver a feira para o Município. Não conheço ninguém que trabalhe de graça”, comentou.

O presidente da CPI achou importante o depoimento dos representantes do Consórcio SP. “Vamos fazer uma auditoria para saber se de fato eles têm prejuízo. Porque a informação que temos é a de que eles arrecadaram R$ 120 milhões e até agora nenhuma melhoria foi feita no local”, disse.

3 Contribuições

Eduardo Martinelli

Os problemas vividos hoje se iniciaram nas gestões da prefeitura, não se pode imputar ao consorcio isto, na verdade o consórcio é vítima da estrutura que está instalou na área há pelo menos 9 anos, a verdade é que com a entrada do consorcio houve dezenas de melhorias na infra estrutura, atendimento, acessibilidade, etc… o valor cobrado a critério de mensalidade é o mais barato da região, em quanto o preço médio da feira é R$ 1.100,00 em qualquer outro shopping cobram R$ 3.500,00, além da cobrança de luvas que oscilam entre R$ 50/70.000,00.
É impossível manter um local sem cobrar pelos serviços, não dá para fazer caridade para que o comando paralelo fature.
Quando o consorcio iniciou o limpa, tirando Box invadidos, proibindo vendas paralelas de Box, invasões, arrombamentos, roubos de mercadorias, acabou com a jogatina, exploração de estacionamento clandestino, etc… mexeu no bolso do comando paralelo que Faz o “corre” para se manterem.
O consorcio está no caminho certo.
Tem é que continuar neste ritimo para agora tirar tripés, carrinhos, pirataria, lojas que saíram do perfil dos Box e iniciar imediatamente a construção do shopping novo que trará dignidade um ambiente de trabalho salutar, moderno e seguro.
Chega de demagogia de demagogia barata e esquemas paralelo.

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Francisco perez filho

E os pirateiros de diversos produtos
Mandem a policia federal dar uma blitz
Que vão achar muitos aqui.

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