DA REDAÇÃO

Com o tema ‘Água e Energia: crise e superação sustentável’, a Pré-Conferência P+L e Mudanças Climáticas, realizada na tarde desta segunda-feira (24/8) no Salão Nobre da Câmara Municipal, exibiu o documentário Um mundo com sede (La soif du monde), do renomado fotógrafo e cineasta francês Yann Arthus-Bertrand.

O evento foi iniciativa do vereador Gilberto Natalini (PV), em parceria com a Fundação GoodPlanet, e contou com a presença do documentarista Caio Ferraz, autor de Volume Vivo e Cidades sem Fronteiras, e do especialista em conservação do Programa Água para Vida do WWF-Brasil, Ângelo Lima, que realizaram um debate sobre a escassez hídrica ao redor do planeta.

O documentário Um mundo com sede foi apresentado pela primeira vez publicamente em São Paulo. Produzido para o ‘Fórum Mundial da Água’, em Marselha, em 2012, o filme aborda várias questões relacionadas à água no mundo. Narrado pelo próprio Yann, tem forte apelo didático sobre a realidade do que está acontecendo no mundo com este recurso tão precioso e ao mesmo tempo tão ameaçado.

Para o documentarista Caio Ferraz, filmes como este podem cumprir um papel importante na conscientização da população em relação à preservação da água. “Acho que o cinema, o audiovisual, tem uma linguagem que favorece o entendimento das pessoas. Tem um poder de síntese muito grande da situação e, por isso, acho que tem um grande poder de mudança, porque pode sensibilizar e ao mesmo tempo sintetizar a informação”, afirmou.

O especialista em conservação de recursos hídricos, Ângelo Lima, destacou que existe um avanço em relação ao comportamento da população para a gestão da crise. “As pessoas estão realmente aprendendo com este momento e ampliando o leque de preocupação com relação à crise hídrica. É fato que ainda precisamos avançar bastante, mas a sociedade tem buscado soluções, tem buscado se movimentar para que possa ser trabalhada essa questão da crise”, afirmou.

Lima alertou que, porém, há um avanço lento em relação às obras de conservação dos recursos hídricos. “Na crise, possivelmente a solução vem de obras emergenciais, mas é preciso avançar, e muito, em programas de recuperação dos mananciais para garantir que essa água volte a ser produzida para o abastecimento”, disse.