Debate aborda a violência obstétrica e políticas para mulheres

RenattodSousa / CMSP
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De acordo com pesquisa da Fundação Perseu Abramo, uma em cada quatro mulheres sofre maus tratos durante o trabalho de parto, seja em negação de direitos, violência verbal ou violência física.

E foi com objetivo de discutir esses dados e também as políticas públicas para as mulheres no atendimento em maternidades que foi realizado na Câmara Municipal, nesta terça (28/5), o debate Violência Obstétrica e o protagonismo da mulher no parto.

A psicóloga e doutora em saúde pública Janaína Aguiar fez uma reflexão sobre a violência contra os direitos no atendimento médico e defendeu a humanização do atendimento. O parto humanizado não é um bem de consumo, é um direito das mulheres. Os médicos não são meros prestadores de serviço, faz parte da responsabilidade ética da medicina prezar pela integridade das pacientes, disse.

Ana Paula Meireles, defensora pública do Núcleo de Direitos e Defesa da Mulher, resaltou que ainda são minoria as mulheres que têm consciência da violação de seus direitos. Eventos como estes despertam o entendimento. Precisamos de uma mudança de paradigma, precisamos que as pessoas se sensibilizem com o tema para gerar uma mudança, disse.

A vereadora Juliana Cardoso (PT), responsável pela iniciativa, enalteceu o trabalho das entidades e grupos que lutam pelo espaço da mulher. O principal desafio é combater a epidemia de cesáreas. Precisamos implantar mais Casas de Parto na cidade e reforçar políticas para que os hospitais públicos atinjam o patamar recomendado pela Organização Mundial de Saúde, finalizou.

Participaram também Sandra Mariano, do grupo Saúde das Mulheres Negras, Sônia Coelho, coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres, Bianca Santana, fundadora da Casa de Lua (espaço de co-working) e Raquel Marques, presidente da Artemis — organização comprometida com a promoção da autonomia feminina.(Da Redação)

(28/05/2014 – 21h41)

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