Delegado acusado de tortura desiste de depor à Comissão da Verdade

Luiz França/CMSP
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À dir., de gravata vermelha, o delegado Dirceu Gravina explica que não iria falar com a comissão na presença da imprensa

 

Convidado para depor nesta terça-feira (25/3) durante a Comissão da Verdade Vladimir  Herzog, o delegado Dirceu Gravina, que é acusado de ter torturado presos políticos nas dependências do DOI-Codi de São Paulo durante a Ditadura Militar, se negou a falar na presença de convidados e da imprensa.

Gravina, que atualmente trabalha como delegado de polícia em Presidente Prudente, interior de São Paulo, viajou mais de 500 quilômetros até a capital paulista, mas resolveu não entrar no prédio da Câmara Municipal.

Os vereadores Natalini (PV), Mário Covas Neto (PSDB) e Toninho Vespoli (PSOL) tentaram negociar com Gravina, mas não obtiveram sucesso. O delegado deu meia-volta e foi embora no mesmo carro que o levou ao Legislativo.

Segundo Natalini, que é presidente da comissão, Gravina achou que a audiência fosse somente com os vereadores. “Nossas audiências nunca são assim. Todo mundo sabe que as audiências aqui são abertas”, afirmou. Assim como foi feito com Carlos Alberto Ustra, ex-chefe do DOI-Codi, e com Aparecido Calandra, que também não prestou depoimento quando convidado, a Comissão da Verdade vai mandar um ofício à Brasília para que Gravina seja convocado a depor na Comissão Nacional da Verdade.? (Rafael Carneiro da Cunha)

(25/3/2014 – 13h50)

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