Deputados nigerianos discutem tratado de extradição com Brasil

RenattodSousa
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O estabelecimento de um tratado de extradição entre Brasil e Nigéria foi o principal assunto de um encontro ocorrido nesta quinta-feira (22) na Câmara. O evento reuniu três deputados do país africano, membros da comunidade nigeriana de São Paulo e o vereador José Américo (PT).

As duas nações ainda não assinaram um acordo sobre o tema, o que impede que os cerca de 300 nigerianos presos na cidade de São Paulo cumpram pena em seu país natal. Segundo José Américo, as más condições dos presídios brasileiros são a maior motivação do pedido.

Eles têm interesse em estabelecer um pedido de extradição, inicialmente das presas, porque o governo nigeriano teria condições mantê-las na Nigéria em condições socioeducativas e prisionais melhores, declarou o vereador.

Antes de chegar a São Paulo, os parlamentares estiveram em Brasília para reuniões no Ministério da Justiça e também passaram pelo Rio de Janeiro, onde encontram representantes da Petrobras e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com quem discutiram assuntos comerciais.

José Américo diz que as conversas com o governo federal estão avançadas e o tratado deve sair em breve. Abike Dabiri, uma das parlamentares nigerianas presentes no encontro, diz que está feliz com os resultados da visita, mas acredita que é preciso tratar melhor a questão dos nigerianos vivendo no país.

É importante diminuir a discriminação contra os imigrantes nigerianos no Brasil. Sempre existirão imigrantes ilegais, em qualquer lugar do mundo. Mesmo eles têm direitos, disse Abike, que veio à Câmara acompanhada dos colegas Terab Abdullahi e Betty Apiafi.

Para José Américo, os parlamentares do município podem ajudar os representantes do país africano a conseguir seu intento, apesar de ser uma instituição local.

Eu acho que a Câmara pode ir abrindo caminhos, disse o vereador. Nós, evidentemente, não fazemos política internacional, mas podemos intermediar conversar com as pessoas, marcar reuniões. Até porque o grosso da comunidade nigeriana no Brasil está aqui em São Paulo.

(22/03/2012 21h18)

 

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