André Bueno/CMSP

Primeiro encontro do ano teve como tema o diabetes

LETÍCIA VIOLA
DA REDAÇÃO

Após promover uma palestra durante o Novembro Azul – campanha internacional que busca a conscientização a respeito do câncer de próstata e da saúde masculina –, o vereador André Santos (PRB) criou um ciclo de debates mensal sobre a saúde do homem.

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André Santos

“O homem tem medo de ir ao médico e muitos estão morrendo pela questão da falta de prevenção. O objetivo desses debates é justamente promover a importância em relação a sua saúde, inclusive de prevenção”, afirma o vereador.

Neste sentido, a Câmara de São Paulo recebeu nesta segunda-feira (26/2) o primeiro encontro do ano, com o tema diabetes. O encontro tem como objetivo promover a conscientização sobre a doença, além de chamar a atenção do público e autoridades para essa crescente doença em todo o mundo.

O diabetes é uma doença crônica decorrente da falta de insulina (hormônio responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue) ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue.

Segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), hoje, no Brasil, há mais de 13 milhões de pessoas diagnosticadas com a doença, o que representa 6,9% da população. E esse número está crescendo.

Para o médico endocrinologista Fadlo Fraige Filho, presidente da Anad (Associação Nacional de Atenção ao Diabetes), o mais preocupante é a evolução silenciosa da doença. “O diabetes evolui sem sintomas, por isso é importante que as pessoas, que são parentes de diabéticos, pessoas obesas, com gordura aumentada, hipertensas, e, principalmente, idosas façam seus testes”.

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Fadlo Fraige Filho

A longo prazo, a glicose aumentada sem o devido controle pode danificar órgãos, vasos sanguíneos e nervos, causando  insuficiência renal, cegueira e as doenças cardiovasculares, como infartos, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e a trombose, que pode levar a amputação de membros.

“Acordar, escovar os dentes, comer, se vestir, medir a glicemia, ajustar a dosagem e não praticar os excessos durante o dia”. Essa é a rotina relatada por Charles Bacanhim Chagas, que enfrenta a diabetes há oito anos.

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Charles Bacanhim

Para Chagas, o debate é importante para esclarecer sobre a doença e abordar o tema ‘vida equilibrada’, além da conscientização. “Uma pessoa que tem uma vida normal e não tem nenhum problema com a doença, quando entende minimamente do assunto, passa a ter uma vida mais preocupada em manter sua saúde bem”, diz.

Os sintomas clássicos do diabetes são: aumento da fome e sede, vontade frequente de urinar, emagrecimento sem causa aparente, entre outros.

Com a evolução sem sintoma, Flado indica que as pessoas busquem por testes periódicos. “Recomendo um exame completo anual. Para as pessoas de risco, indico que façam um teste de glicemia a cada seis meses”.

Prevenção

Além dos exames preventivos e atividades físicas, a alimentação adequada é outra recomendação. A nutricionista Kátia Nobre alerta o excesso de alimentos de autovalor energético. “Não existe alimento ruim, existe ponto de equilíbrio, uma alimentação balanceada, podendo comer de tudo. No caso do diabético existe um estilo de vida mais adaptado para ele viver de maneira mais adequada”.

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Katia Nobre

Segundo a nutricionista, o principal alimento a ser restringido é o carboidrato. “O açúcar aparece em diversos alimentos, inclusive em frutas. Muitos acham que está sendo saudável por comer muita fruta, mas ali contém muito açúcar. As pessoas precisam ser orientadas sobre os tipos e a quantidade de alimentos que devem utilizar”.

Além do vereador, compuseram a mesa o médico Fadlo Fraige Filho, a nutricionista Kátia Nobre, o presidente municipal do PRB São Paulo, Aildo Rodrigues Ferreira, e a advogada Ariane Valia.