Distritalização de São Paulo: sociedade civil apontou problemas

A última mesa de discussões do Seminário Distritalização de São Paulo, promovido nesta quinta-feira pela Escola do Parlamento, reuniu representantes de diversas entidades civis que apontaram os principais problemas da população da capital paulista.

Após 21 anos da divisão de São Paulo em 96 distritos, o coordenador da secretaria executiva da Rede Nossa São Paulo, Maurício Broinizi, afirmou que a medida foi importante, no entanto, os órgãos públicos não levam isso em consideração na hora de pensar em planejamento.

A gestão pública não pensa no orçamento olhando para essas divisões territoriais, o que seria fundamental para as melhorias, apontou Broinizi. Para o coordenador, o ideal seria que o planejamento fosse descentralizado, para que todas as pessoas tivessem acesso a emprego e equipamentos públicos próximos de suas casas.

Segundo o padre Jaime Crowe, presidente da ONG Sociedade Santos Mártires, é preciso pensar em mudanças para que as regiões menos privilegiadas sejam beneficiadas. Os distritos precisam ter mais autonomia e as subprefeituras devem ser respeitas e cumprir o seu papel. Hoje, no extremo sul de São Paulo, temos mais de quatro mil alunos na lista de espera para poder estudar, argumentou.

Uma das saídas para amenizar os problemas de São Paulo, avaliou a urbanista Elizabeth Salgado, seria realizar planos com a participação da população. Tivemos uma experiência no bairro de Perus e foi um sucesso.

Mediador da última mesa do Seminário, o primeiro secretário da Câmara Municipal, vereador Ítalo Cardoso (PT) afirmou que o Legislativo tem o papel de avaliar a forma como essa divisão por distritos está funcionando e se atende a demanda da cidade.

O evento foi importante para recolhermos sugestões de como realizar ações de melhorias para São Paulo. Daqui sairão muitas propostas que beneficiarão a população, afirmou Ítalo Cardoso.

(03/05/2012 20h46)

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