Entidades discutem violência contra juventude negra em SP

RenattodSousa
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Representantes de várias entidades ligadas a movimentos em prol dos direitos da juventude reuniram-se nesta sexta-feira (7) na Câmara Municipal para discutir a violência contra a juventude negra na cidade de São Paulo. O encontro organizado pela Escola do Parlamento, a pedido das organizações da sociedade civil, teve a presença de integrantes da Secretaria Nacional da Juventude, do Movimento Mães de Maio, Grupo de Trabalho da Campanha contra o Genocídio da Juventude Negra, Comissão de Direitos Humanos da Câmara e Fórum Hip Hop de São Paulo.

De acordo com o diretor executivo da Escola do Parlamento, Milton Bellintani, o principal objetivo do encontro é promover o diálogo entre a entidade com as organizações que representam a sociedade civil, com o intuito de promover cursos e seminários sobre o tema voltados para a comunidade.

Na abertura do evento, Bellintani apresentou dados baseados no Mapa da Violência 2012, que apontam um aumento de 5,6% na taxa de homicídios da população negra no Brasil, de 2002 a 2010, enquanto a taxa de homicídios de brancos no país caiu 24,8% no mesmo período.

Nosso recado aqui é para que essas organizações não apenas continuem chamando a atenção para essa realidade, mas também se articulem com outros atores sociais para que se estabeleça um diálogo e a gente solucione os desafios que o país enfrenta numa perspectiva que seja para todos e não apenas para alguns, ressaltou.

A coordenadora da Secretaria Nacional de Juventude, Fernanda Papa, falou sobre o plano Juventude Viva, uma iniciativa para combater a violência contra os jovens negros do país, inicialmente implementado no Estado do Alagoas e que gradativamente será aplicado ao resto do país. O programa é uma resposta à primeira prioridade assumida pelo Governo Federal e eleita pelo conjunto do processo de conferencia nacional da juventude, em 2008, o enfrentamento ao genocídio da juventude negra, explicou.

Segundo ela, o papel da sociedade civil é fundamental ao pressionar os poderes locais para que o plano chegue até São Paulo. Em seu discurso, Fernanda lembrou a cobrança feita por músicos como Emicida e Mano Brown durante o período eleitoral sobre o problema do extermínio da juventude.O governo de transição já fez contato conosco a respeito do Juventude Viva e o secretário anunciado dos Direitos Humanos e Participação Social (Rogério Sotilli ),que vai assumir aqui em São Paulo, é uma pessoa que tem tido um papel fundamental na articulação interministerial junto ao plano, afirmou.

Ao fim do debate, os participantes seguiram para o auditório Freitas Nobre, na área externa da Câmara, onde ocorreram apresentações de hip hop e sarau de poesias.

Confira entrevista em vídeo:

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(07/12/2012 21h19)

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