Escola do Parlamento apresenta plataformas digitais voltadas à vida política dos cidadãos

André Moura/CMSP

Evento sobre aplicativos de procura de candidatos ao Legislativo no Brasil em 2018

MARCO ANTONIO CALEJO
DA REDAÇÃO

A quatro dias do 2º turno das Eleições 2018, a Escola do Parlamento da Câmara Municipal, braço voltado à capacitação e formação de agentes públicos e munícipes, recebeu, na quarta-feira (25/10), representantes de plataformas digitais apartidárias dedicadas a auxiliar os eleitores na sua educação e prática política.

A intenção do evento na Câmara, segundo os organizadores, foi discutir as motivações, impactos e objetivos das ferramentas digitais, cada vez mais usadas pelos cidadãos na hora de decidir o voto.

Na plataforma “Guia do Voto”, a motivação foi unir cidadania e educação, em um projeto do grupo empresarial brasileiro Votorantim, de atuação multinacional, que financiou a plataforma.

No início, segundo Maurício Mussi, representante da Votorantim no evento, a ferramenta foi pensada para estimular a conscientização política apenas dos funcionários do grupo. No decorrer do tempo, a partir de pesquisas internas para avaliar o impacto da plataforma, o projeto foi adaptado para ir além dos limites da empresa, alcançando o maior número possível de pessoas.

“Por ser uma iniciativa privada, a premissa do projeto é da neutralidade ideológica e partidária. No levantamento de outubro, tivemos 279 mil usuários no aplicativo e mais cinco milhões de visualizações na página da internet”, disse Mussi.

Com foco nos candidatos ao Legislativo, a plataforma “#TemMeuVoto” é coordenada pelo cientista político Leandro Machado. Foi desenvolvida, diz Machado, a partir de uma pesquisa voltada a entender as dificuldades dos eleitores na hora de escolher seus candidatos ao Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa.

Assim como outras iniciativas do gênero, o “#TemMeuVoto” funcionou para ajudar no “match”, termo em inglês para combinar ou casar, de modo que o eleitor encontrasse candidatos com o seu perfil político. “Foram seis perguntas que o cidadão respondia, chegando a uma lista aproximada daqueles candidatos que tinham mais a ver com a sua visão de mundo. Para puxar a ficha de todos os candidatos ao Legislativo, cerca de 26 mil no total, foi preciso contar com um exército de 25 advogados”, afirmou Leandro.

Também cientista político, Luís Kimaid explicou no seminário como nasceu a plataforma “Bússola Eleitoral”. Segundo ele, a ideia surgiu em setembro de 2017, a partir da constatação de que era necessário “fazer alguma coisa”.

“A Bússola Eleitoral não puxou informações como, por exemplo, se o candidato é ficha limpa ou suja, se já foi eleito ou não. Desenvolvemos um questionário de 36 perguntas e 12 temas, que o Ibope identificou como os mais relevantes para o eleitorado, em uma pesquisa nacional”, destacou Kimaid. A partir das respostas, o internauta era levado ao perfil dos candidatos mais próximos de suas preocupações como eleitor.

Representante da plataforma “#MeRepresenta”, Gui Mohallen disse que a iniciativa se concentrou na valorização da diversidade, já que a “#MeRepresenta” também é uma ONG formada por coletivos que representam mulheres, negros e a comunidade LGBT.

“Este ano nós perguntamos, pela primeira vez, a cada candidato e candidata, como eles se posicionam em relação ao gênero, falando sobre ser homem, mulher ou outro gênero, à raça e LGBT”, disse Mohallen.

O debate foi mediado por Maisa Diniz, integrante do coletivo “Virada Política”, que desde 2014 organiza anualmente um evento em São Paulo para fortalecer a cultura política na cidade.

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