André Bueno | REDE CÂMARA SP

MARCO CALEJO
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Em reunião de trabalho, na tarde desta segunda-feira (18/4), membros da Comissão de Estudos para a Criação de um Plano de Cidade Inteligente (Smart City) para a capital paulista ouviram dois especialistas em processos digitais. Os profissionais compartilharam experiências em projetos desenvolvidos em outros municípios e falaram sobre os benefícios da tecnologia.

Wesley Lima Silva, diretor de TI (Tecnologia da Informação) da Small Sistemas, foi o primeiro a falar. Por meio de videochamada, ele relatou ações implementadas na cidade de Guaxupé, Minas Gerais, na época em que atou na área de tecnologia da Prefeitura mineira. Wesley citou dois exemplos que foram colocados em prática e geraram melhorias.

“Todos os prédios (da Prefeitura) eram interligados via rádio. A primeira coisa que a gente precisava fazer era mexer na infraestrutura. Interligamos todos os prédios com fibra ótica”, disse Wesley, que também mencionou mudanças nos sistemas para facilitar a vida da população e do próprio Poder Público.

“Implementamos um sistema totalmente integrado. O paciente chegava em uma unidade de saúde, o prontuário eletrônico era preenchido pelo médico, que já fazia a reserva do medicamento na farmácia e o cidadão ia lá buscar esse remédio, que já estava separado. Com isso, já dava para saber se essa família era de baixa renda, onde ela morava, se o filho dela estava na escola pública ou não, em qual escola estava e as notas dele”, contou ele.

Entre outros pontos destacados na reunião, Wesley citou a instalação de sensores para coletar dados e ajudar na busca por soluções dos problemas diagnosticados pela tecnologia. “A gente colocou painéis de alerta em bueiros. Então, se tem uma enchente, aquela água chega até o ponto do bueiro e é dado um alerta quilômetros antes para que ninguém entre naquele local. Esse é o primeiro ponto, que é um informativo de coleta de dados. Eu vou viver a vida inteira dessa forma? Não. Se a gente tem esse alerta uma, duas ou três vezes é a hora de trabalhar lá para que esse sensor não seja mais ativado. Não queremos o mesmo problema”.

Na sequência, a Comissão apresentou o segundo convidado da tarde. Também de forma remota, Rafael Figueiredo Bezerra, secretário municipal Executivo de Transformação Digital de Recife, contou sobre os projetos desenvolvidos na cidade pernambucana com o intuito de melhorar a prestação de serviços para a população.

“O que a transformação digital aqui do Recife vem fazendo para transformar Recife em uma cidade inteligente é tentar simplificar a relação do cidadão com a cidade. É ele não enfrentar mais fila, não ter aquele desespero de venda de senhas, por exemplo, para descobrir as vagas de emprego que a gente via no Sine (Sistema Nacional de Emprego)”, falou Rafael. “A gente vê pais de alunos aqui da rede pública se estapeando por uma vaga, às vezes não tem vaga de creche. É para resolver esse tipo de desafio que a gente tem que trazer o Executivo municipal para o novo mundo”.

Rafael trouxe para a reunião diversos casos que estão sendo planejados na capital de Pernambuco. Ele falou da integração de plataformas e da inovação tecnológica. Como exemplo, o secretário mencionou ferramentas voltadas para agendamento da vacinação contra a Covid-19 e para quem procura emprego. “A gente tem 100% de vagas disponibilizadas lá. Digo 100% porque tem vaga lá do próprio Sine, de Recife, que foi uma demanda das empresas, porque o Sine era burocrático e a gente teve que fazer a interface com as empresas, e tem vaga lá do Google Jobs. O Google sai capturando vagas do LinkedIn e dos sites das empresas que postam no Instagram”.

Presidente da Comissão

O presidente da Comissão de Estudos, vereador Marlon Luz (MDB), agradeceu a participação dos convidados, que têm o objetivo de contribuir com a elaboração de uma proposta de cidade inteligente para a capital paulista. “Vejo que há uma preocupação em dar uma resposta rápida aos munícipes”.

A reunião de trabalho da Comissão de Estudos está disponível abaixo: