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No final da Rua Santo Antônio, no centro de São Paulo, fica a Praça da Bandeira. Durante o dia ela serve como área de passagem e ponto de descanso para quem atravessa o coração da cidade. Foi nessa esquina que os moradores da região decidiram celebrar, na noite fria desta segunda-feira,  13 de junho, a festa do santo casamenteiro que batiza a rua.

As tradicionais barracas de quentão, pipoca, arroz-doce e cachorro-quente não faltaram. Tudo era distribuído gratuitamente para os visitantes. Quem chegava recebia um carimbo na mão que lhe dava direito a três vales, que podiam ser trocados por comida ou bebida.

Estamos realizando um sonho. Usando o espaço aqui do centro, no meio de tantos prédios, para celebrar a nossa festa junina. É uma coisa que veio da comunidade para a comunidade, disse Isaura dos Santos, uma das organizadoras da festa, que teve ainda concurso para eleger o caipira mais bem vestido e show com o grupo Os De Paula, formado pelos filhos do vereador Netinho de Paula (PCdoB).

Levando seus dois filhos no colo, o contador Júlio Rosas Marinho se mostrava muito contente com a inesperada celebração. Moro aqui ao lado, mas na correria do dia-a-dia não reparei no que estava sendo preparado. Quando cheguei em casa à noite os meninos estavam loucos querendo vir, então eu trouxe.

Marinho não foi o único desavisado a respeito da festa. Nem todos os que passavam pelas barracas estavam trajando a indumentária típica dos festejos juninos. A alegação era de que estavam chegando direto do trabalho, ou ainda, saindo do trabalho e curtindo um pouco antes de seguir para suas casas.

A demanda surgiu dos funcionários da Casa e da população do entorno. E é assim que tem que ser. Nós oferecemos somente a estrutura de som, o palco, essas coisas técnicas. Mas o que mais fizemos mesmo foi estimular, disse José Police Neto, presidente da Câmara Municipal de São Paulo, que compareceu vestido a caráter.

A Praça da Bandeira passou a ser propriedade da Câmara somente neste ano. Antes quem tomava conta dela era o Executivo Municipal. Com a mudança de dono, os vereadores trabalharam para torná-la um espaço de convivência para os funcionários do parlamento e para as pessoas que vivem próximas a ela.

É uma surpresa o nível de participação, alegria e descontração. Temos que aumentar ainda mais a participação das pessoas nesse tipo de evento e estimulá-las a realizá-los para que elas se sintam incluídas, afirmou o vereador Jamil Murad (PCdoB).

A organização da festa estima que passaram pelo local cerca de 2.500 pessoas. A conta é feita com base na quantidade de bilhetes entregues para os visitantes.

Isaura disse que está participando da fundação de uma associação de moradores do bairro, ainda sem nome, e que esta servirá, dentre outras coisas, para realizar mais eventos como esse, que tragam vida para nossa região.

(13/06/2011 – 21h30)

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