Jean Silva
Quinta, 29 Agosto 2013 16:27

Crimes sexuais contra crianças e adolescentes são discutidos na CPI da Exploração Infantil by Web Radio Câmara SP

A Comissão Parlamentar de Inquérito que apura a exploração infantil na cidade de São Paulo se reuniu na tarde desta quinta-feira para ouvir especialistas a respeito dos crimes sexuais,  praticados contra jovens, principalmente durante grandes eventos como a Copa do Mundo.

Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde aponta que em 2011 foram notificados 14.625 casos de violência contra crianças menores de 10 anos.

A vereadora Patrícia Bezerra (PSDB), relatora da Comissão, lembrou a situação dos terminais de carga da cidade onde crianças de até 9 anos são prostituídas. Segundo a parlamentar,  é preciso estabelecer políticas públicas para proteger a criança e o adolescente.

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República recebe diariamente uma média de 225 denúncias de violações dos direitos humanos das crianças. Nos primeiros 4 meses de 2013 foram mais de 34 mil relatos, um aumento de 71% em relação ao mesmo período de 2011.

A representante da Comissão Municipal de Enfrentamento à Violência, ao Abuso e à Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes, Dalka Chaves, foi uma das especialistas ouvidas pela CPI. Ela alertou para os casos de abuso que têm acontecido no entorno do estádio Itaquerão e destacou os pacotes turísticos que incluem programas sexuais com menores de idade. Ela também falou sobre uma pesquisa que vai levantar quantos pontos de prostituição infantil existem na capital.

Itamar Batista Gonçalves, gerente de programas da Childhood no Brasil, entidade criada pela rainha Silvia da Suécia,  em 1999,  para defender os direitos da infância, afirmou que as ações repressivas são necessárias, mas as questões culturais envolvidas no tema requerem políticas preventivas e educativas.

Também participaram da reunião os vereadores Laércio Benko (PHS, presidente da CPI); Ricardo Nunes (PMDB), vice-presidente; Marquito (PTB), Ota (PSB), Ari Friedenbach (PPS), coronel Camilo (PSD) e Jean Madeira (PRB).