Luiz França / CMSP

O diretor da central de telecomunicações da GCM (Guarda Civil Metropolitana), inspetor Espedito Marques Souza, afirmou nesta quinta-feira durante reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Exploração Sexual Infantil – instalada na Câmara Municipal para investigar violência contra menores que as câmeras de vigilância nunca registraram crimes como esse.

Durante o depoimento, o inspetor sinalizou que a GCM hoje conta com 123 câmeras espalhadas pela cidade, sendo que 65% dos equipamentos estão localizados na área central. Não temos nenhum registro pelo videomonitoramento de prostituição de menores, mas ocorrências de crianças envolvidas como tráfico, sim, disse.

Ainda durante a reunião, o representante da GCM explicou como é realizado o trabalho da GCM. A orientação para quando nos depararmos com casos de exploração de menores devemos acionar as instituições públicas competentes, como conselheiros tutelares e a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, afirmou.

Os vereadores questionaram o inspetor sobre o posicionamento das câmeras e solicitaram que os equipamentos sejam reposicionados. Percebemos que nos locais onde existem denúncias de exploração de menores, como no Terminal de Cargas Fernão Dias, na Zona Norte, não tem câmeras, pontuou o vereador Ricardo Nunes (PMDB).

De acordo com o inspetor Espedito, 10% do total de câmeras podem ter o posicionamento mudado. O contrato permite reposicionar alguns equipamentos e podemos trabalhar para que isso seja feito para pegar os locais onde tem esse tipo de denúncia, declarou.

Para o presidente da CPI, vereador Laércio Benko (PHS), o depoimento da GCM fortalece a sua opinião quanto a exploração sexual infantil. Reposicionar essas câmeras não vai ser suficiente. Para resolver mesmo essa situação deveríamos ter uma instituição exclusiva para concentrar esse tipo de caso, disse.

(10/10/2013 15h09)