Governo terá ações especiais contra exploração sexual na Copa

O Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil no Território Brasileiro (PAIR) terá uma versão focada na Copa do Mundo de 2014. O PAIR-Copa, como foi chamado nesta sexta-feira por Juliana Marques Petroceli, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, em reunião da CPI da Exploração Sexual.

Juliana confirmou que há uma tendência do aumento da violência, exploração do trabalho, desaparecimento de menores e abuso de drogas e álcool em eventos desse porte. Para a Copa do Mundo,a Secretaria vai estar com força acompanhando comitês locais, articulando a rede local com uma central no Rio de Janeiro, que terá as imagens filmadas, explicou.

O PAIR-Copa será implantado antes mesmo do evento. Ele será centrado em plantões integrados de atendimento e a criação de espaços de convivência para crianças e jovens. Queremos focar na exploração sexual, e para isso vamos elaborar diagnósticos rápidos e realizar seminários com delegados regionais das cidades-sede, detalhou. Ela ressaltou que cada cidade terá uma ação preparatória específica.

Juliana afirmou que o PAIR já em operação em São Paulo é bem-sucedido. Ele opera na capital desde 2011. O êxito do PAIR está em intervir a partir de diagnóstico, de dados concretos. Ele formaliza um plano local, capacita a rede, fornece assessoria técnica e monitoramento contínuo, detalhou. O PAIR está em 600 municípios.

Para a relatora da CPI na Câmara, vereadora Patrícia Bezerra (PSDB), os grandes eventos, em especial o campeonato de futebol, devem ser o foco dos trabalhos na prevenção e combate desse tipo de crime. Esse é meu mote na CPI, afirmou.

Números

Juliana Marques Petroceli divulgou alguns dados da sua secretaria a respeito do abuso sexual. Segundo ela, foram 4.030 vítimas no Estado de São Paulo em 2012, mais da metade com idades entre 12 e 17 anos. 2.089 casos foram realizados por desconhecidos.

De acordo com a secretaria, 1.363 casos de abusos ocorreram na casa do suspeito. Quase mil foram no domicílio da vítima. O que chamou, segundo Juliana, foi a alta incidência no ambiente escolar: 794 casos.

Confira entrevista da Web Rádio Câmara:

 

 

(14/06/2013 18h41)

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