Há falta de higiene em 21 dos 30 restaurantes de shoppings analisados pelo Proteste

Juvenal Pereira
CPI Covisa
Sandra Tadeu entende que há necessidade da Covisa adotar medidas mais enérgicas e não seminário

 

Ao prestar informações nesta terça-feira (17/08) aos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para averiguar e apurar eventual deficiência no desempenho das competências outorgadas à Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) a representante da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – Proteste, Maria Inês Dolci, disse que a entidade avaliou a situação de higiene de 30 restaurantes que funcionam nos principais shoppings da cidade.

“Analisamos as refeições servidas em bandejas e nos talheres e encontramos coliformes fecais em níveis acima do aceitável em 21 dos restaurantes”, informou. De acordo com Maria Inês, a informação foi passada para a Covisa, que prometeu realizar um seminário com o objetivo dos restaurantes melhorarem as condições de higiene.
 
A vereadora Sandra Tadeu (DEM), integrante da CPI, achou a informação “extremamente grave”. A parlamentar-médica é de opinião que o encontro de coliformes fecais em níveis altos “requer providências mais enérgicas do que se fazer seminários. A Covisa tem de tomar providências mais rígidas”.
 
Também há necessidade de uma fiscalização mais constante e adoção de medidas enérgicas para combater a contaminação dos sanduíches vendidos por ambulantes de cachorro-quente. “Nas análises realizadas nos produtos vendidos pelos dogueiros foram encontrados coliformes fecais e até salmonelas”.
 
Por isso, e pelos esclarecimentos prestados por várias pessoas à CPI, a vereadora Sandra Tadeu acredita que a “saúde do cidadão paulistano está desprotegida, pois não há uma fiscalização e não temos uma vigilância sanitária atuante”. E fez uma ressalva: “Isso acontece não por incompetência dos técnicos da Covisa, mas porque existe uma insuficiência do número de empregados, por falta de equipamentos e de fiscalização. A Covisa está desestruturada”.
 
Embora a Covisa exista há sete anos, o representante do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria, Paulo Roberto Sciamarelli, informou que desconhecia se as padarias estavam sendo fiscalizadas. “Ele nem sabia que teria de ter um alvará sanitário para poder abrir uma padaria”, desabafou Sandra Tadeu.
 
O vereador Aurélio Miguel (PR), presidente da CPI, solicitou que Sciamarelli fizesse uma consulta a seus associados e enviasse à CPI uma amostragem de quantos estabelecimentos foram inspecionados.
 
Tanto Aurélio Miguel quanto Sandra Tadeu disseram que a intenção da CPI é melhorar a estrutura da Covisa. “Vamos trabalhar no sentido de melhorar a Covisa, aumentando os recursos destinados a ela pelo Orçamento de 2011, realização de concurso público para a contratação de maior número de técnicos para que a entidade possa trabalhar de forma mais adequada”, disse o vereador.
 
Participaram da reunião os seguintes vereadores: Aurélio Miguel (PR), Sandra Tadeu (DEM), Noemi Nonato (PSB), Milton Ferreira (PPS), José Ferreira Zelão (PT), José Police Neto (PSDB) e Natalini (PSDB).

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Juvenal Pereira
CPI Covisa
Aurélio Miguel quer melhorar infraestrutura da Covisa
Juvenal Pereira
CPI Covisa
Maria Inês Dolci, representante da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor Proteste

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