Hackers acampam no plenário para trabalhar em aplicativos

Rodrigo Camargo
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Os participantes da primeira Maratona Hacker, a Hackathon, terão que correr contra o tempo para elaborar projetos de aplicativos a partir dos dados disponibilizados pelo site da Câmara Municipal de São Paulo (CMSP). Para dar mais conforto aos hackers na empreitada, que deve ser concluída em 48 horas, foram disponibilizadas barracas para descanso no plenário e um serviço de copa, com café e alimentação.

Alguns dos programadores já chegaram ao Palácio Anchieta, sede da CMSP, com projetos bem delineados. É o caso de André Nils, cuja ideia é desenvolver um aplicativo que irá converter os dados encontrados no portal do formato XML para o Wiki, tornando possível transferi-los automaticamente para sites que utilizam essa linguagem, como a Wikipedia.

Nils diz que a o maior desafio para cumprir essa tarefa será compreender melhor alguns aspectos do funcionamento da Casa, como o processo de tramitação dos projetos. A maior dificuldade seria entender como funciona a política. Eu acredito que nem todos aqui são politizados. Eu, por exemplo, não sou. Então eu vim aqui para quebrar esse tabu meu, entender como a Câmara funciona.

Para auxiliar os hackers nesse ponto, funcionários da CMSP ficarão de prontidão durante todo o fim de semana, tirando dúvidas e dando sugestões. Na abertura, servidores da Secretaria Geral Parlamentar, da Comissão Técnica de Economia e Orçamento e da área de contabilidade deram uma breve explanação do funcionamento de suas áreas.

Para o coordenador do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) da Câmara, Eduardo Miyashiro, o formato da Hackathon facilita o trabalho de interpretação da grande quantidade de informações encontrada no portal da Câmara.

A maratona permite que as pessoas possam ficar concentradas, analisando com profundidade as séries de dados que são oferecidas. E encontrar, num mesmo espaço e num mesmo momento, os especialistas que produziram esses dados, acredita Miyashiro.

COMO FUNCIONA A HACKATHON

A Maratona Hacker terá duas fases. Na primeira, os participantes vão desenvolver seu aplicativo num prazo de 48 horas, sem intervalo. As equipes também poderão usar dados extraídos de outros órgãos públicos, desde que indiquem a fonte.

Na segunda etapa, de 15 a 25 de maio, os hackers poderão aperfeiçoar os softwares, melhorando a forma de uso, o design e o tratamento dos dados, mas sem alterar a estrutura original do trabalho.

Serão premiados os três melhores aplicativos, e o resultado será divulgado no dia 6 de junho. Os prêmios serão entregues em 11 de junho, às 15 horas, no Palácio Anchieta. Os programas desenvolvidos terão regime de licenciamento livre e ficarão disponíveis para uso de todos os usuários do Portal da Câmara.

(12/05/2012 – 12h05)

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