IESA nega participação em cartel do Metrô

 CPI-TRANSPORTES-24102013-FRANCA-00720-72-ABRE1234O presidente da empresa IESA, de manutenção e modernização de trens, se defendeu nesta quinta-feira (24/10) das acusações de fazer parte do cartel do setor metroviário. Em reunião da CPI do Transporte Coletivo, César Romeu Fiedler disse que a companhia não participou de reuniões e acordos, como o Cade colocou.

“Desde 2003 a IESA vem buscando conhecer outros players mundiais, trazer fabricantes de fora do Brasil. Se cartel é restrição de opção, a IESA, na sua filosofia, aumenta a concorrência e opção de tecnologia”, argumentou o presidente, afirmando que a empresa atualmente formou consórcio com a coreana Hyundai e a Rotem, e com elas conseguiram contrato para a construção de 30 trens.

Os membros da CPI desconfiam que nessa licitação houve a formação de cartel. O presidente do colegiado, vereador Paulo Fiorilo (PT), afirmou que embora não seja o foco dos trabalhos eles irão investigar esse caso, pois ações desse tipo podem influenciar o valor da tarifa. O motivo da desconfiança é que enquanto o consórcio da IESA venceu o lote dos 30 trens, eles perderam para a CAF uma segunda licitação para 35 novos trens.

A argumentação da IESA para não terem oferecido o menor preço para segundo lote é que uma construção desseCPI-TRANASPORTES-24102013-FRANCA-00718-72-ABRE123porte exigiria investimentos adicionais à infraestrutura, como disse Ricardo Witowicz, vice-presidente de marketing, vendas estratégicas e novos negócios. Fiedler afirmou que vencer a segunda licitação significaria construir uma nova fábrica ou conseguir um local para executar os novos trens. A CAF venceu essa licitação com um valor pouco menor do que o proposto pela IESA.

Está claro que vocês abriram mão de lucro para entrar um player novo, o que não entendo é o valor proposto no lote 2 ser tão próximo ao da empresa vencedora, questionou Fiorilo. Sobre isso, Ricardo disse que a CAF foi conservadora. A CAF não imaginava que entraria consórcio. Escondemos até o último momento, o efeito surpresa é muito importante nesses momentos, explicou.

A CAF já foi chamada para depor na CPI e não compareceu. Fiorilo disse que ela será intimada novamente.

(24/10/2013 15h19)

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