Lei de 2009 deveria ajudar a evitar incêndios em favelas

Durante a sessão desta terça-feira na Câmara Municipal, o vereador Celso Jatene (PTB) lamentou que a favela Sônia Ribeiro, conhecida como Morro do Piolho, tenha sido devastada, no dia anterior, por um incêndio de grandes proporções. Pelo menos 285 barracos foram destruídos.

Esta favela, localizada na região do Campo Belo, na zona sul, fez parte de um projeto piloto de educação, prevenção e contenção de incêndios como consequência de uma lei que criou uma metodologia de auxílio a moradores. Entre as ações que teriam sido desenvolvidas estavam a administração de palestras, distribuição de cartilhas e confecção de cartazes ensinando como evitar o fogo e como combate-lo em caso de emergência.

O fogo começou no poste e a população não sabia o que fazer. Não existia rota de fuga, muito menos brigadistas, comentou Jatene, que foi o autor do projeto de lei 558/2001, que deu origem à lei 15.022, de 2009. O vereador informou que vai pedir a convocação de um representante da Defesa Civil para explicar na CPI dos Incêndios em Favelas, presidida por Ricardo Teixeira (PV), por que o treinamento não surtiu efeito.

Segundo o portal G1 publicou na segunda, de janeiro a setembro deste ano, cerca de 996 famílias ficaram desabrigadas em função de incêndios em 30 ocupações na cidade. Ainda assim, de acordo com dados do Corpo de Bombeiros, este tipo de ocorrência tem diminuído nos últimos anos. Em 2008, houve incidentes em 130 favelas contra 79 em 2010.

(4/9/2012 20h05)

 

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