Livro reconta história da cidade com documentos públicos

RenattodSousa

 A Secretaria Municipal de Cultura, por meio do Arquivo Histórico de São Paulo, em parceria com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, lançou nesta quarta-feira (21) o livro Arquivo Histórico de São Paulo: história pública da cidade, obra que reúne importante seleção de documentos do arquivo da cidade, como mapas, fotografias, manuscritos, desenhos técnicos e plantas produzidos entre o século 16 e a primeira metade do século 20. 

 Pensamos no livro para celebrar o centenário do Arquivo, em 2007, mas por ser uma obra ambiciosa, causou-nos dificuldade para concluí-la a tempo. Contudo, seu resultado não poderia ser melhor. Essa obra representa a emancipação do Arquivo. Temos a construção de um novo prédio para ampliar nosso acervo até os anos 1970 ( hoje vai até 1930) e temos um Projeto de Lei tramitando na Câmara que o transforma em departamento, dando mais autonomia para seus gestores. Esse livro é o anúncio dessa emancipação, disse Carlos Augusto Calil, secretário Municipal de Cultura.

 O Arquivo Histórico de São Paulo tem em seu acervo mais de quatro milhões de itens e é uma divisão do Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura. Trata-se do órgão responsável pela conservação, guarda permanente, identificação, ordenação e divulgação do conjunto documental produzido pela administração pública municipal desde meados do século 16 até a primeira metade do século 20. Ele custodia documentos considerados os mais antigos da América Latina, que são as Atas da Câmara de Santo André da Borda do Campo (1555/1558).

 Desse total de documentos, 95 deles, entre manuscritos, mapas e pranchas de arquitetura estão retratados na publicação recém-lançada. A proposta é de que a obra conduza o leitor a conhecer a história da cidade. Sua organização baseia-se no potencial que os documentos selecionados apresentam para o resgate de diferentes aspectos da vida urbana de outras épocas, tais como usos e costumes, cultura material e eventos de natureza social, econômica e política.

Não fizemos uma escolha exatamente cronológica, procuramos documentos que fossem significativos a respeito da arquitetura da cidade, de sua parte social e de suas discussões políticas, através das antigas atas da Câmara Municipal que reproduzimos. O livro representa a transformação da cidade. Queremos que o paulistano descubra o rico acervo que o município possui através do estudo de sua história arquivística, explicou Guido Gustavo Alvarenga, historiador e chefe da sessão de acervos do Arquivo Histórico de São Paulo.

Composto por um vasto mosaico da história da cidade, o livro ressalta ainda a importância da conservação deste patrimônio. Trata-se de um trabalho fundamental, é a história de nossa cidade sendo contada. Ele não só recupera como preserva essa documentação, permitindo que a sociedade conheça sua história não somente pelo que os livros contam, mas por seus registros oficiais também, disse Andrea Matarazzo, secretário de Cultura do Estado de São Paulo.

Ao longo do livro, a reprodução dos documentos vem seguida de comentários explicativos que contextualizam o momento histórico representado e elucidam dados pouco conhecidos da vida paulistana de tempos passados. É possível observar um panorama da evolução paulistana, apoiado em registros de projetos urbanos de abertura de ruas e canalização de rios durante o Império, plantas de palacetes aprovadas no início da República, até planos urbanísticos mais abrangentes, realizados no princípio do século passado.

Quando o secretário Calil nos procurou com a ideia do livro, a aceitação foi imediata. É uma grande oportunidade de socializar o conhecimento e as belezas que existem aqui no arquivo. Nossa expectativa é de que com a divulgação do livro, mais pessoas se interesses por todo o acervo e visitem o Arquivo Histórico de São Paulo, afirmou Marcos Monteiro, diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado.

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador José Police Neto (PSD), prestigiou o lançamento do livro. O Legislativo paulistano produziu e guardou alguns dos documentos mais antigos, hoje em poder do Arquivo e que integram a publicação.

(21/12/2011 20h20)

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