Lygia Fagundes Telles e Júlio Medaglia são homenageados

André Bueno/CMSP

Lygia Fagundes Telles foi uma das homenageadas da noite

DA REDAÇÃO

A Câmara Municipal entregou nesta quarta-feira (21/6) o Colar Guilherme de Almeida, que homenageia pessoas que tenham prestado colaborações valiosas em áreas como literatura, cinema, teatro, música e artes plásticas, entre outras formas artísticas que valorizem ou preservem a história da cidade de São Paulo.

É o caso da “imortal” Lygia Fagundes Telles, integrante da Academia Brasileira de Letras. A escritora, que já foi indicada ao Premio Nobel de Literatura, construiu uma carreira notável, com mais de 20 publicações, além da participação em diversas antologias e coletâneas de importantes obras.

Aos 94 anos, ela fez questão de agradecer a homenagem e aproveitou para contar histórias de quando era jovem, ainda pobre, mas sempre interessada em arte. “Ia com meu namorado ao cinema, de tão cansada, me pegava dormindo no meio do filme”, relembrou Lygia.

Outro homenageado da noite foi o maestro Júlio Medaglia, um dos idealizadores do Tropicalismo, e autor de centenas de composições de trilhas sonoras para o teatro, cinema e televisão. Entre outras curiosidades, criou, juntamente com o poeta Paulo Bonfim, o hino da Universidade de São Paulo.

Presente no Salão Nobre da Câmara, ele comparou a entrega do Colar à realização de um sonho. “É muito importante. Eu passei quase todos os anos, desde que fui alfabetizado, em contato com essa figura maravilhosa que foi Guilherme de Almeida. Além de grande poeta, foi precursor como crítico de cinema e revolucionou a publicidade. Então é até um sonho para mim poder agora realizar levando alguma coisa dele [o colar] para a minha intimidade”, comemorou o maestro.

Outro homenageado da noite foi o coronel Mário Fonseca Ventura, presidente da Sociedade de Veteranos de 1932. Ao longo da carreira militar, recebeu diversas condecorações, como o Jubileu de Brilhante da Revolução Constitucionalista.

“Essa homenagem é muito especial para mim, porque participei dela desde o início. Tudo começou numa esquina da Rua Tabatinguera com a Anita Garibaldi, onde o senhor José D’Amico, pesquisador, e eu, idealizamos esse Colar numa conversa informal. O Guilherme de Almeida para nós representa muito, porque ele é reconhecidamente o poeta da revolução de 32”.

O diretor do Museu Casa Guilherme de Almeida e presidente da Comissão do Colar, Marcelo Tápia, também reforçou a importância da solenidade, não só para preservação e resgate da história, mas também para mostrar que a arte é contemporânea, e está em constante mudança.

“Guilherme teve uma atuação plural, presente em todas as ocasiões em que algo de novo estava acontecendo. Então, manter esse prêmio é uma iniciativa muito relevante da Câmara de São Paulo, pela simbologia que o colar representa”, disse.

Também foram homenageados nesta quarta-feira o advogado e pedagogo José Carlos de Barros Lima e o docente titular do Museu Paulista, Jorge Pimentel Cintra. Além deles, o sociólogo José de Souza Martins, o CoralUSP, da Universidade de São Paulo, representado pelo professor Silvio Soares Macedo, e a Pró-TV, fundada em 1955 pela atriz Vida Alves juntamente com a Associação de Pioneiros da TV. O prêmio foi recebido pela filha de Vida, Thais Alves.

Veja fotos da homenagem:

 

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