Más condições de trabalho atrapalham no combate à dengue

Luiz França / CMSP
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Agentes de zoonoses estiveram na Câmara, a convite da Comissão de Saúde, para falar sobre o combate à dengue na Capital 


A falta de condições mínimas de trabalho tem dificultado a ação dos agentes de zoonoses na Capital. É o que afirmam os profissionais da área, que compareceram à audiência pública promovida na manhã desta quarta-feira (11/6) pela Comissão Permanente de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher. Materiais, número de funcionários reduzido e a não conscientização da população estão entre os principais problemas mencionados.

“Se o mosquito ainda não venceu a cidade é por conta de nós, agentes. Tivemos muita dificuldade para trabalhar nesses últimos meses, com cerca de 40 casas por dia para vistoriar. Também corremos o risco de ser contaminados. E mesmo assim, materiais essências como luvas, por exemplo, não são distribuídas de maneira correta”, afirmou a agente Sandra Gomes, da subprefeitura de Pirituba.

A cidade de São Paulo tem enfrentado desde janeiro muitos casos de dengue, que se concentram principalmente nas zonas norte, sul e oeste. Até hoje, oito mortes foram confirmadas e 10 ainda esperam pela confirmação.

Segundo José Olímpio Albuquerque, gerente do núcleo de informação da COVISA (Coordenação de Vigilância em Saúde), existem atualmente cerca de 2.700 agentes de zoonoses e o combate aos focos de dengue continuarão a ser feito. “Faremos também o possível para aumentar o fornecimento de materiais, mas vale lembrar que houve um aumento no número de casos e consequentemente cresceu a demanda pelos materiais”, disse.

Para o vereador e presidente da comissão, Calvo, essa audiência deveria ter sido realizada há mais tempo devido à sua importância. “Vamos repetir essa ação para ajudar a cidade. É importante uma atuação em conjunto das esferas públicas (municipal e estadual).”

Como encaminhamento, Calvo prometeu pressionar o Executivo para que um Projeto de Lei leve os agentes de zoonoses para a Secretaria Municipal de Saúde, retirando-os das subprefeituras. Segundo o vereador, isso gera ao profissional mais segurança no trabalho, já que podem fazer um plano de carreira.

Braços Abertos
Em segunda audiência pública, a Comissão de Saúde voltou a debater o programa “Braços Abertos”, que oferece abrigo e paga uma quantia de R$ 15 por dia trabalhado aos usuários de drogas por serviços de zeladoria, como varrição de ruas. Com o tempo, a prefeitura pretende oferecer também cursos profissionalizantes. 

A coordenadora da área técnica de saúde mental , álcool e drogas da Secretaria Municipal de Saúde, Myres Cavalcanti, esteve presente para responder perguntas dos participantes.

“Um espaço como esse é muito importante, pois é a oportunidade para escutar os representantes da população. Só assim poderemos avançar nas ações do programa.” Myres ainda ressaltou que muitas das informações questionadas podem ser encontradas nos canais formais, como a internet. (Da Redação)

(11/06/2014 17h)

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