Máscaras deixam de ser obrigatórias em locais abertos no Estado de São Paulo

IARA SILVA
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O Governo de São Paulo anunciou a liberação do uso das máscaras em qualquer ambiente aberto do Estado a partir desta quarta-feira (9/3). Em coletiva de imprensa, o governador João Doria explicou que o uso da proteção segue obrigatório no transporte público e em todos os ambientes fechados de acesso público, como salas de aula, comércios e escritórios.

Para tomar a decisão, a administração estadual usou como base as análises do Comitê Científico do Coronavírus de São Paulo, que constatou uma queda de 76,7% nas novas internações e 56% dos óbitos por Covid-19 no último mês. Além disso, o Estado tem a maior cobertura vacinal do país, com 101 milhões de doses aplicadas e está próximo da meta de 90% da população elegível vacinada.

Além do avanço da vacinação, o governo considerou a redução de casos e a baixa taxa de ocupação de leitos de UTI. “Nós temos hoje uma taxa de ocupação de leitos de UTI no Estado de 37,6%. Nos últimos 30 dias, nós tivemos queda de 54% no número de casos, as internações caíram 76% e o número de óbitos foi 56% menor”, afirmou o secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn.

Outra medida divulgada nesta quarta foi a liberação de 100% de ocupação em estádios de futebol do Estado de São Paulo. A decisão vale também para eventos esportivos em geral, culturais e de lazer, desde que sejam realizados ao ar livre.

Para entrar em estádios, os torcedores deverão apresentar comprovante com esquema vacinal completo. Quem não tiver tomado todas as vacinas deve apresentar comprovante de pelo menos uma dose e apresentar um teste negativo com validade de 48h para os do tipo PCR ou 24h para os testes de antígeno.

Durante a coletiva, o governador informou ainda que, nas próximas duas semanas, o Comitê Cientifico deve analisar se será possível retirar a exigência do uso de máscaras em ambientes fechados. A decisão dependerá, segundo Doria, da queda contínua nos indicadores.

Mais sobre o novo coronavírus 1

De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta quarta-feira (9/3), a capital paulista totalizava 41.709 vítimas da Covid-19. E havia, ainda, 1.879.120 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade e Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo até esta quarta-feira (9/3), é de 36,6%.

Já a ocupação de leitos de enfermaria está em 31,4%. No Estado, a taxa de ocupação em UTIs está em 36,8%. E nos leitos de enfermaria está em 27,3%. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde.

Mais sobre o novo coronavírus 2

Um estudo conduzido na EPM-Unifesp (Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo) comprovou que a Pfizer como dose de reforço aumenta em até 25 vezes o nível de anticorpos depois de duas aplicações de Coronavac e em até sete vezes após a imunização completa com a AztraZeneca.

O estudo avaliou profissionais de saúde que tiveram amostras de sangue colhidas em cinco momentos: antes da vacinação; 28 dias após a primeira dose; 14 dias depois da segunda, 75 dias depois da segunda dose e 14 dias após o reforço da terceira.

Mais sobre o novo coronavírus 3

Lançado na última terça-feira (8/3), um novo relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) revela que a pandemia de Covid-19 teve um impacto desproporcional sobre as mulheres nas Américas, ameaçando seu desenvolvimento e bem-estar e contribuindo para o aumento da desigualdade de gênero na saúde.

O documento, que apresentou resultados em áreas como saúde, emprego e bem-estar social, mostrou que durante a pandemia, o papel de cuidadora expôs mulheres a um risco alto de contrair Covid-19. Sendo a maior parcela do time de profissionais de saúde, as mulheres estiveram na linha de frente, cuidando de pacientes, e representaram 72% de todos os casos da doença entre profissionais de saúde na região.

O relatório aponta ainda que o gênero não aparece nas análises dos efeitos diretos e indiretos da pandemia, dificultando o reconhecimento das consequências que a pandemia teve em homens e mulheres.

*Ouça abaixo a versão podcast do boletim Coronavírus desta quarta-feira

1ª edição

2ª edição

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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