Moradores de rua: secretaria explica plano de ação no inverno

Representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social explicaram nesta quinta-feira à Comissão de Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais como funcionará o plano de acolhimento dos moradores de rua durante o inverno.

O colegiado promoveu a reunião após receber denúncias de que não havia vagas em albergues e até mesmo crianças estariam dormindo nas ruas. No entanto, de acordo com a coordenadora de Proteção Social Especial da Secretaria Municipal de Assistência Social, Isabel Cristina Bueno da Silva, a pasta é muito clara em relação ao atendimento às pessoas em situação de rua.

“A nossa orientação é que mesmo quando não houver vagas nos abrigos eles devem prestar o primeiro acolhimento”, esclareceu Isabel. Segundo ela, neste ano a ação durante o inverno será diferente. “Toda vez em que as temperaturas atingirem menos de 13ºC, todas as equipes das secretarias envolvidas nos trabalhos para acolhimento dos moradores em situação de rua serão acionadas”, disse.

Durante a reunião, o presidente do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, Robson Mendonça, revelou que alguns albergues não deixam as pessoas entrarem mesmo com camas disponíveis. “Já fiquei em quartos que tinham várias camas sobrando e do lado de fora vários moradores de rua sem poder entrar”, argumentou.

Sobre essa situação, Isabel garantiu que as denúncias serão apuradas.

Outra reclamação foi em relação ao Cape (Centro de Atendimento Permanente e de Emergência). É um absurdo o tempo que as pessoas precisam esperar para serem atendidas, mesmo porque os moradores de rua que são recolhidos precisam esperar o transporte utilizado ficar cheio para serem levados até o abrigo, argumentou o padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua da Arquidiocese de São Paulo.

A reunião foi presidida pelo vereador Juscelino Gadelha (PSB), que já fez algumas propostas para os trabalhos da comissão. Vamos fazer visitas surpresas aos albergues e também vamos passar pelos locais onde estão os moradores de rua para checar o que está acontecendo, adiantou.

(17/5/2012 – 17h15)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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