Moradores defendem criação de parque na Brasilândia

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Comissão do Meio Ambiente convidou representantes do Executivo para debater a criação de parque na Brasilândia  Foto: Luiz França/CMSP 

MARCOS CAMPOS
DA TV CÂMARA 

A criação de um parque no bairro da Brasilândia foi um dos assuntos discutidos na reunião desta terça-feira (2/9) da Comissão do Meio Ambiente da Câmara Municipal.

Quintino José, do Movimento Ousadia Popular, que luta desde 2002 pela preservação do local, esclareceu que o principal entrave ao projeto é a ocupação irregular que ocorre no terreno. Sempre aparece um responsável lá que fica botando na cabeça do povo que eles devem continuar fazendo barracos, levantando casas de alvenaria, e isso está errado, disse.

Atualmente, mais de 1.400 famílias moram no terreno, uma área de 320 mil metros quadrados que abriga cinco nascentes e hoje está totalmente poluída por conta da urbanização clandestina.

O secretário-adjunto de meio ambiente da prefeitura, Ricardo Brandão, disse que o terreno, que é particular, já está sendo adquirido pelo município e aguarda a construção de novas moradias populares para começar a desocupação da área.

A Secretaria de Habitação vai começar dentro em breve a remoção das famílias. Em primeiro lugar para locação social, e depois nós vamos implantar o parque. Acreditamos que até o final de 2016 esse parque será efetivamente implantado, disse o coordenador de atendimento social da Secretaria de Habitação, Ricardo Rodrigues.

Outro assunto discutido durante a reunião foi a preservação de uma área ambiental ao lado do parque Burle Marx, na zona sul. Moradores da rua Margarida Galvão, no Butantã, e do entorno do parque participaram da reunião e relataram os problemas de preservação do local.

É uma área preciosa do Real Parque que está sendo destruída completamente. Tem um bosque de 10 mil metros quadrados em um terreno de 50 mil metros quadrados, com várias nascentes, que está sendo objeto de absoluta destruição para a construção de um empreendimento de luxo – um loteamento, disse a moradora Francisca Fagá.

Cada vez que a gente faz uma nova reunião aqui na Comissão aparecem mais denúncias. E observamos que as denúncias são extremamente graves, disse a vereadora Sandra Tadeu (DEM).

(02/09/2014 19h11)

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