Obesidade infantil é debatida em audiência pública

Luiz França / CMSP
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Especialistas debateram nesta quarta-feira, durante audiência pública promovida pela Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher, os problemas causados às crianças por conta da obesidade.

Os números revelam que a obesidade infantil tem aumentado. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, uma em cada quatro crianças paulistanas é obesa. O levantamento foi realizado pelo programa Meu Pratinho Saudável, e foram avaliadas 476 crianças.

O médico da Unidade Clínica de Hipertensão do Incor Heno Ferreira Lopes ressaltou que o número de crianças com pressão alta também aumentou. A hipertensão tem relação com fatores genéticos, ambientais e também com a obesidade, que tem aumentado entre as crianças. Hoje em dia elas consomem muitas gorduras e carboidratos e não fazem exercícios, explicou.

A coordenadora do Comitê Criança do Funcor (Fundação do Coração) da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Ieda Jatene, revela outros problemas que as crianças acima do peso podem desenvolver. A obesidade infantil é um fator de risco para desenvolver várias doenças, entre elas, problemas cardiológicos e ortopédicos podem ser acarretados, afirmou.

A nutricionista do Departamento de Alimentação Escolar da Prefeitura de São Paulo Vera Lúcia Nakayama destacou as ações desenvolvidas pelo Executivo para incentivar a alimentação saudável entre as crianças. Nas escolas municipais não têm cantinas e os alunos têm 90% da alimentação in natura. Isso significa que eles comem arroz, feijão, frutas, verduras e legumes. Além disso, estimulamos as crianças para que elas repassem esses hábitos, ressaltou.

A vice-presidente do colegiado e autora do requerimento para a realização dessa audiência pública, vereadora Patrícia Bezerra (PSDB), gostou do debate, mas adiantou que esse tema ainda deverá ser discutido novamente. Vamos precisar de muitos outros debates porque eles são importantes para se pensar em ações para resolver o problema da obesidade infantil. Também acho que precisaremos reunir diversas secretarias para pensar em ações para que as crianças pratiquem mais esportes, tenham atividades de lazer, que as aulas de educação física sejam mais dinâmicas e que elas também saibam da importância de se ter uma alimentação saudável, disse.

(13/11/2013 17h32)

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